Do Portal IFRN – Levar a comunidade acadêmica do Campus Natal-Central (CNAT) do IFRN para refletir sobre honestidade foi um dos objetivos alcançados pela atividade educativa realizada nos dias 10, 11 e 12 de abril, pelo Setor de Psicologia da Diretoria de Ensino (DE) com a Coordenação da Administração Escolar (COADES).
Na ocasião, foi colocado no corredor do bloco b, ponto de grande movimento no Campus, um freezer com picolés a preço de R$1, sem a presença de um vendedor. Cabia ao interessado no produto depositar o valor cobrado em uma urna. Durante os três dias da ação, foram comercializados 2.049 picolés. Destes, 140 não foram pagos. Assim, caracterizando uma inadimplência de 7%. De acordo com os organizadores, algumas pessoas consumiram picolés, simplesmente pelo interesse em participar da experiência, outras se mostraram surpresas com a ausência de vendedor, e houve ainda quem pagasse com moeda estrangeira e/ou valor maior achando que se tratava de ação beneficente.
A psicóloga do Natal-Central, Caroline Magalhães, conta que a ação teve como meta provocar nos participantes da atividade reflexões acerca de suas condutas quando aparentemente ninguém está olhando. “A ideia foi promover um espaço onde as pessoas pudessem vivenciar a experiência de decidir e de pensar sobre o seu comportamento nessa situação, especialmente por não haver nenhum tipo de monitoramento”, explica Caroline.
Para o coordenador da Administração Escolar, João Victor Domingos, o índice de 7% de inadimplência pode ser considerado alto se for levado em conta a política educacional adotada pelo Instituto. “Essa inadimplência é muito alta se considerarmos que o IFRN tem como propósito formar um estudante consciente do seu papel na sociedade, por essa razão, não deveria haver inadimplência”, considera João Victor.
Segundo o coordenador, o CNAT conta com o serviço de “achados e perdidos”, que fica à disposição dos alunos para que pertences encontrados dentro do espaço do Instituto possam ser devolvidos aos seus donos. “O ‘achados e perdidos’ é mais uma proposta educacional que aborda a honestidade. É preciso reforçar a necessidade de estarmos continuamente estimulando ações educativas com esse propósito”, ressalta.
Sobre o resultado, a psicóloga Caroline Magalhães avalia como exitoso, tendo em vista a conjuntura econômica, política e cultural do país. “O cenário atual do Brasil exige de cada cidadão uma percepção mais crítica e participativa. Colaboramos, portanto, com a formação humana integral, estimulando para que os estudantes sejam autônomos, críticos e reflexivos”, pontua.