Saúde Arquivo

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acaba de divulgar que constatou a presença do vírus Zika, com potencial de provocar infecção, em amostras de saliva e de urina. Segundo a entidade, agora, essas novas formas de transmissão serão mais estudadas.

“Essa comprovação tem um significado muito grande porque, até então, todas as evidências não significavam capacidade de infecção, muda o patamar e a forma que fazemos a pesquisa”, disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Em entrevista à imprensa, a Fiocruz disse que a evidência de transmissão pelas excreções “sugere a necessidade de investigar a relevância de transmissão via oral”.

Até então, a única via de transmissão do vírus, confirmada por autoridades sanitárias, é pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Agência Brasil

Hospitais universitários de todas as regiões do País atenderam aos apelos do governo federal para o combate ao Aedes aegypti e, durante toda a semana, mobilizaram seus funcionários em busca de possíveis focos de reprodução do mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.

Nesta quinta-feira (4), no último dia de inspeção no Hospital Universitário de Brasília (HUB), cerca de 20 funcionários de setores diversos, como administração, assistencial, ambulatório, enfermagem e segurança, participaram dos trabalhos nos prédios da odontologia. Apesar do dia de sol intenso, foram encontrados diversos pontos de água parada em bueiros, calhas de ar condicionado e canteiros.

“No primeiro dia em que participei, não acreditei na quantidade de lugares com água parada que encontramos. Eram copos, entulho, móveis, plantas, tudo acumulando água, especialmente no setor de manutenção do hospital”, disse a auxiliar de enfermagem Solange de Carvalho, que nesta quarta-feira (3) também fez parte da inspeção.

A administração do HUB informou que, desde o último dia 29, quando começou a mobilização nacional, oito focos de reprodução de mosquito foram encontrados e devidamente sanados. “Foi uma vistoria do telhado ao porão”, afirmou o gerente executivo do hospital, Paulo Castro.

“Tranquiliza quem está aqui esperando para ser atendido. Às vezes, a gente fica aqui um tempão parado, serve de prato cheio para as picadas, não é?”, disse a paciente Suelen Almeida, de 39 anos, que aguardava uma consulta.

Pelo menos 37 hospitais universitários administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), uma empresa pública vinculada ao Ministério da Educação, em 24 Estados e no Distrito Federal, participaram do mutirão contra o Aedes aegypti.

 Agência Brasil

Pesquisa desenvolvida na Pós-graduação em Psicobiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) comprovou que o uso excessivo de cafeína e de álcool pode prejudicar a aprendizagem.

De acordo com a bióloga Luana Carla dos Santos, muitos estudos investigam o consumo de álcool, mas poucos analisam os efeitos da cafeína e do álcool combinados, mesmo essa combinação sendo tão comum entre os jovens, principalmente por meio dos energéticos. “Foi a partir dessa observação que nossa pesquisa teve inicio, a fim de entendermos que doses de álcool e cafeína podem ser usadas sem prejuízos e quais doses podem trazer malefícios para a saúde”, destaca a pesquisadora.

Para investigar essas drogas, foi usado o peixe paulistinha, que é bastante comum em estudos com visibilidade para tratamento em humanos, que tem recebido grande atenção dos pesquisadores por ter muita semelhança com os sistemas biológicos humanos.

“O peixe paulistinha, usado em nossos testes, apresenta grandes semelhanças genéticas e comportamentais com os seres humanos e, por serem animais de baixo custo de manutenção e curto ciclo de vida, são modelos importantes para a pesquisa. Assim, o estudo com o peixe pode ser futuramente ampliado e aplicado em mamíferos e pode favorecer o entendimento da ação das drogas em humanos”, diz Luana Santos.

Método

No estudo, foram observados os efeitos do álcool e cafeína sobre a aprendizagem do peixe paulistinha, em um teste de reconhecimento de objetos, no qual o animal deve saber identificar um objeto novo após ter tido contato com alguns outros objetos. “Esse protocolo traz informações relevantes, pois avalia a formação de memória de um evento de apresentação curta, muito mais fácil de ser perdida quando o individuo está fazendo uso de drogas”, destaca Luana.

“Após os testes com os animais, observamos que aqueles que ingeriram álcool uma única vez e os animais que estavam em abstinência de álcool ou de cafeína não conseguiram realizar o teste, ou seja, não formaram memória. Quando os peixes receberam a combinação de álcool e cafeína em dose moderada, mostraram formação de memória. Mas a dose alta de cafeína unida ao uso de álcool não foi eficiente para o animal formar memoria”, explica a bióloga.

Resultados

Segundo a pesquisadora, os resultados comprovam os efeitos negativos do uso do álcool na aprendizagem e sugerem que o uso contínuo de altas doses de cafeína causa efeitos negativos durante a abstinência. No entanto, quando o indivíduo já está dependente das duas substâncias, o uso moderado da cafeína parece diminuir os efeitos nocivos da ausência do álcool, permitindo ao peixe paulistinha concluir de forma eficaz a tarefa.

“Mostramos que o peixe paulistinha é um ótimo modelo para estudos de aprendizagem e memória, e alertamos para o consumo de álcool indiscriminado e para o uso dessa droga em associação com altas doses de cafeína, como em energéticos associados a bebidas destiladas, que pode trazer prejuízos cognitivos a curto e longo prazo”, conclui a pesquisadora.

O estudo intitulado “Irish coffee: Efeitos do álcool e cafeína para o reconhecimento” é parte da dissertação de mestrado da bióloga Luana Carla dos Santos e foi desenvolvido no Luchiari Lab, sob orientação da professora Ana Carolina Luchiari, vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação em Psicobiologia da UFRN.

Portal UFRN

A feira livre de Macaíba foi palco de mais uma ação de saúde organizada pela Prefeitura. No sábado (30), diversos profissionais da pasta da Saúde, incluindo médicos e enfermeiros, estiveram à disposição dos transeuntes para a realização de exames e transmissão de orientação sobre como prevenir a Hanseníase.

Segundo estimativas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aproximadamente 50 atendimentos foram realizados com a população na Praça Augusto Severo (Praça do M). Além das abordagens feitas nos corredores da feira.

Assecom

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Saúde confirma 404  casos de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, dos quais 17 estão relacionados ao vírus Zika. As informações estão em boletim divulgado hoje (2) pela pasta, que descartou 709 casos.

Ainda estão sendo investigados pelo ministério e pelas secretarias estaduais de Saúde 3.670 casos suspeitos de microcefalia em todo o país, o que representa 76,7% das notificações. O boletim refere-se aos casos registrados até 30 de janeiro.

A pasta divulga separadamente a investigação das notificações de óbito. No total, foram notificadas 76 mortes após o parto ou durante a gestação. Destas, 15 foram investigadas e confirmadas para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central e cinco tiveram identificação do vírus Zika no tecido fetal. Há 56 casos ainda em investigação e cinco foram descartados.

Segundo o Ministério da Saúde, a microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como a sífilis, a toxoplasmose, outros agentes infecciosos, a rubéola, o citomegalovírus e o herpes Viral. “Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas”, diz em nota.

De acordo o boletim, os 404 casos confirmados desde o início das investigações, no dia 22 de outubro do ano passado, foram registrados em 156 municípios de nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A Região Nordeste concentra 98% dos municípios com casos confirmados. Pernambuco concentra o maior número de municípios com casos confirmados (56), seguido dos estados do Rio Grande do Norte (31), da Paraíba (24), da Bahia (23), de Alagoas (10), do Piauí (6), do Ceará (3), do Rio de Janeiro (2) e do Rio Grande do Sul (1).

Os novos números demonstram aumento dos casos classificados como confirmados e descartados na última semana, se comparado aos das semanas anteriores. O crescimento dos casos investigados e classificados foi de 52%, com relação ao boletim do dia 23 de janeiro. De 732 na semana anterior, os casos passaram para 1.113.

O Ministério da Saúde orienta as gestantes a adotar medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição ao inseto, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e aplicar os repelentes permitidos para gestantes.

Nas próximas semanas, o ministério anunciará n a notificação compulsória dos  casos identificados como infecção pelo vírus Zika no Brasil. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) não contabiliza o número de infecções pelo Zika. O acompanhamento é feito pelo sistema de vigilância Sentinela para monitorar a circulação do vírus e prestar apoio às medidas de prevenção à doença.

Aline Leal – Repórter da Agência Brasil

O registro de casos de infecção pelo vírus Zika terá notificação obrigatória no Brasil. O anúncio foi feito hoje (1º) pelo Mnistério da Saúde, que deve anunciar os detalhes da medida na próxima semana.

Atualmente, a pasta não contabiliza o número de pacientes que tiveram a doença, e as secretarias não são obrigadas a registrar todos os casos, já que a capacidade de diagnóstico laboratorial do Brasil ainda é baixa e também porque em 80% das ocorrências não aparecem sintomas.

Há duas semanas, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, informou que a pasta está aumentando a capacidade de diagnóstico laboratorial e  que, com isso, a notificação dos casos seria reavaliada. Na ocasião, Maierovitch disse que a pasta aumetaria de mil para 20 mil a capacidade mensal de diagnósticos de Zika no país.

Atualmente, o método de diagnóstico do Zika é o sentinela, pelo qual alguns casos de uma região são comprovados laboratorialmente e os seguintes, pelos sintomas. Em novembro, o governo brasileiro confirmou que a infecção pelo vírus Zika em gestantes pode causar microcefalia no feto, porém, nem toda gestante que for afetada pela doença terá o bebê com a malformação.

A microcefalia tem outros fatores causadores, como infecções pelo citomegalovírus, por toxoplasmose e por rubéola.

A Prefeitura de Macaíba, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promove o Dia D contra a Hanseníase no próximo sábado (30), a partir das 8h da manhã, na Praça Augusto Severo (Praça do M), estendendo-se até às 12h, contando com a presença de médicos e enfermeiros.

A ação de sábado é alusiva ao Dia Mundial de Combate à Hanseníase, que é comemorado todos os últimos domingos do mês de janeiro, conforme instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O objetivo é conscientizar a população na luta contra a doença.

Hanseníase

A Hanseníase é uma enfermidade preocupante devido ao seu grande potencial de transmissão. Atinge principalmente a pele da pessoa acometida, mas também pode causar a perda de membros em casos mais graves. Pode ser transmitida até mesmo pelo ar.

Os sintomas variam desde manchas brancas, vermelhas ou marrons, em qualquer parte do corpo, até caroços e inchaços, com ocorrência de dores. Contudo, a doença tem cura. O diagnóstico e tratamento precoce são muito importantes. Quando mais cedo, melhor.

Assecom

A equipe de borrifação da Vigilância Ambiental acabou de receber seus EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para que seja feito o procedimento na área ou perímetro onde apareceu algum caso confirmado de dengue.

“Entregamos este fardamento nesta semana e eles já vão começar a realizar o trabalho”, explicou a secretária de Saúde, Silvana Cosme. A equipe é composta por quatro borrifadores. Os EPIs incluem itens como calça, avental, óculos de proteção, pulverizadores, etc.

Reunião entre SMS e comissão de agentes

Recebemos ontem, 27 de janeiro, uma comissão formada por agentes (com nomes enviados pelo sindicato da categoria) e ganhadores do processo de licitação referente ao fardamento. Ressalta-se que o material segue o mesmo molde e modelo do fardamento de Natal.

“A Secretaria quer que chegue ao conhecimento dos agentes de saúde e de endemias que houve essa primeira reunião com uma parte da comissão de agentes e que, possivelmente, amanhã, sexta-feira, 29 de janeiro, haverá outra reunião, onde iremos receber outra parte do fardamento. Essa comissão irá acompanhar a entrega do fardamento e verificar o tipo de material”, esclareceu a secretária Silvana.

Assecom

Portal Brasil – Dos  2.246 profissionais  que concluem um ano de atuação no programa Mais Médicos nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, 1.266 (56%) vão permanecer na mesma vaga por até mais três anos, informa o Ministério da Saúde. Depois de um ano de atuação, ele poderiam sair do programa e garantir a bonificação de 10% em exames para ingresso em residência médica, mas decidiram continuar.

Os 1.173 postos restantes serão disputados pelos 12.791 médicos brasileiros com registro no País já inscritos, que devem indicar as opções de cidades até a próxima quarta-feira (27).

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, enfatiza a relevância desse grande número de brasileiros interessados em continuar no Mais Médicos. “Isso reforça o que os dados e pesquisas já vinham indicando: os médicos brasileiros não só estão aprovando o Programa, como estão vendo nele uma boa oportunidade de aprendizado e atuação na Atenção Básica”, declara o secretário. “É possível que vários deles nem viessem a ter contato com a Atenção Básica se o Mais Médicos não tivesse sido criado. É assim que estamos começando uma mudança no perfil dos médicos no País”, completa.

Mais Informações

Para falar sobre ‘Como os exercícios terapêuticos podem contribuir na reabilitação da criança com câncer’ vamos conversar com Cínthia Moreno, fisioterapeuta da Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva.

1 – Que tipo de comprometimento físico o câncer pode causar aos pacientes?

R – Os sintomas do câncer e os efeitos do tratamento causam bastante debilidade e podem provocar alguns comprometimentos físicos, dependendo do local do tumor e do tipo de tratamento adotado. Até mesmo o repouso prolongado pode provocar efeitos negativos. Os mais comuns são: encurtamentos musculares, atrofias, contraturas, diminuição da força muscular e amplitude de movimento, dor, alterações no equilíbrio e coordenação motora.

2 – Como a fisioterapia auxilia na reabilitação das crianças e adolescentes com essas alterações?

R – As crianças e adolescentes com câncer da Casa Durval Paiva são bastante beneficiados com a Fisioterapia, quando são utilizados exercícios adequados para auxiliar na reabilitação. Exercícios de alongamento, fortalecimento, treino de marcha (para melhorar ou voltar a caminhar) e exercícios para melhorar o equilíbrio e a coordenação motora ajudam na recuperação e motivam os pacientes.

3 – Existe alguma diferença nos exercícios prescritos para crianças e adolescentes? Quais?

R – A grande diferença é que com a criança nós alcançamos os objetivos através de jogos e muitas brincadeiras. Ela se diverte enquanto colabora com o tratamento de reabilitação. A brincadeira faz parte do universo infantil e não poderia ficar de fora do ambiente de tratamento. Já com o adolescente nós procuramos conscientizá-lo quando a importância da prática regular dos exercícios para o seu pronto restabelecimento.

4 – De que maneira a participação da família pode influenciar na prática desses exercícios?

R- É muito importante informar a criança e a família sobre as metas do tratamento de reabilitação. Percebemos na prática que o conhecimento favorece a participação, assiduidade e colaboração com o tratamento. Orientamos também aos pais para que realizem alguns exercícios em casa, o que muito contribui para a melhora do paciente.

5 – Quais fatores podemos então destacar como sendo importantes para o sucesso do tratamento fisioterapêutico?

R – Para que a reabilitação tenha êxito, a interação entre paciente, família e profissional é fundamental. Quando isso acontece, a família coopera, não falta às sessões de tratamento e ainda incentiva a criança ou adolescente a ter uma rotina de exercícios em casa.

6 – Considerações finais

R – Os objetivos traçados devem ser individualizados de acordo com as especificidades de cada paciente. Constatamos nas vivências da Casa Durval Paiva que um tratamento humanizado faz diferença, pois valoriza muito mais o paciente do que a patologia. Acima de qualquer exercício proposto, o objetivo de promover qualidade de vida e bem-estar deve ser sempre o foco do Fisioterapeuta.

A CASA: A Casa Durval Paiva ampara crianças e adolescentes carentes portadores de câncer e doenças hematológicas crônicas, juntamente com seus responsáveis, durante o tratamento em Natal, possui 1007 pacientes cadastrados, sendo que 531 crianças e adolescentes estão em tratamento, oriundas de 133 municípios do Estado, também do Piauí, Ceará, Sergipe e da Paraíba.

O governador Robinson Faria, militares, Defesa Civil, Cruz Vermelha, igrejas, escoteiros e auxiliares de governo estiveram na manhã desta sábado (23) no Planalto, na zona Oeste de Natal, no lançamento do “Dia D” de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya, febre amarela e zyka, este vírus responsável pelos casos de microcefalia registrados no Brasil, com ênfase no Nordeste. O bairro foi escolhido por ser bastante populoso e uma das regiões com o maior índice de infecção pelo mosquito. A população pode denunciar local com focos através do telefone 199.

Na ocasião, também foi lançado o aplicativo para smartphones e tablets chamado “Aedes na mira do RN”, programa bastante intuitivo e de fácil navegação. Após o download, na tela principal do aplicativo, aparecerão as opções “denúncia”, “cuidados”, “gestantes” e “serviços”. O aplicativo está disponível apenas para a plataforma Android. O download pode ser feito por meio do Google Play.

Por Wenderval Gomes

Equipes que combatem o Aedes aegypti já visitaram 141.916 Imóveis trabalhados em 144 municípios do Rio Grande do Norte. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (22). Em todo o Brasil, mais de 7,4 milhões de visitas às residências foram registradas até hoje.

Foram encontraram focos do mosquito em 3% das 7,4 milhões de residências visitadas em todo o país.

O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de que os municípios reforcem as visitas domiciliares dos agentes de saúde e dos militares das Forças Armadas para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do Zika.

O primeiro balanço reúne dados de 2.548 municípios (45% do total), de 19 unidades da federação.  A Paraíba registrou a maior cobertura de visitas domiciliares, com 49,29% dos imóveis trabalhados, seguido pelo estado do Rio de Janeiro (30,15%) e por Sergipe (28,13%).

Os recursos federais destinados para o combate ao mosquito Aedes aegypti cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão neste ano.

* Com informações do Ministério da Saúde

Aline Leal – Repórter da Agência Brasil

Com 3.893 notificações de casos suspeitos de microcefalia causada pelo vírus Zika, o Ministério da Saúde confirmou 230 até agora. Boletim epidemiológico divulgado hoje (20) mostra que as notificações foram registradas em 764 municípios de 21 unidades da federação.

Desde outubro do ano passado a notificação de microcefalia pelo sistema de saúde é obrigatória, em função do aumento inesperado da ocorrência da malformação devido ao vírus Zika. Nas duas primeiras semanas de 2016 foram notificados 728 casos suspeitos de microcefalia.

O ministério descartou 282 registros da malformação. Foram registradas também 49 mortes pela malformação congênita, e destas, seis tiveram confirmada a relação com o vírus Zika. O boletim traz o resultado da investigação laboratorial do sexto caso, um bebê com microcefalia em Minas Gerais, que teve a relação com o zika diagnosticada em laboratório.

De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, os sistemas de saúde dos estados estavam interpretando de forma diferente o protocolo para registro dos casos. Por isso, houve problemas para a confirmação.

O governo, então, atualizou o protocolo para que as interpretações fossem unificadas. “Nos próximos boletins talvez possamos falar com mais segurança dos casos confirmados e descartados”, disse o diretor.

Pernambuco, com 1.306 casos suspeitos, 33% do total, é o que tem o maior número de registros. Em seguida estão Paraíba, com 665 casos, Bahia, com 496 e o Ceará, com 216. O Rio Grande do Norte tem 188 casos.

Carnaval

Apesar da intensa circulação de pessoas pelo país durante o carnaval, Maierovitch acredita que não haverá ampliação da área afetada pelo vírus, porque ele está presente em praticamente todos os estados.

O que pode acontecer é que as pessoas peguem a doença no lugar que estão visitando, disse o diretor, acrescentando que o zika não é transmitido de pessoa para pessoa. O diretor ressalta que a prioridade do Ministério da Saúde é prevenir a malformação controlando o mosquito.

Notificação

Segundo Maierovitch, o ministério estuda alterar a metodologia de notificação do zika. Atualmente é usado o método sentinela, pelo qual alguns casos de uma região são comprovados laboratorialmente e os seguintes por diagnóstico clínico. Os serviços de saúde não são obrigados a registrar todos os casos da doença uma vez que a capacidade de diagnóstico é baixa e, 80% dos infectados não apresentam sintomas.

A capacidade atual dos laboratórios é de aproximadamente mil diagnósticos de zika por mês. A expectativa é que nos próximos meses a capacidade chegue a 20 mil. Maierovitch disse que, mesmo que o método de registro continue sendo o sentinela, a representatividade com esta nova capacidade de notificação estará mais próxima da realidade.

As ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti em Macaíba têm recebido o reforço de uma equipe do projeto VER-SUS, do Ministério da Saúde. Uma dessas ações foi realizada no sábado (16) na Praça Augusto Severo.

Na oportunidade, estudantes universitários atuaram em conjunto com profissionais da Secretaria de Saúde de Macaíba na distribuição de panfletos e transmissão de orientações de prevenção e combate ao mosquito que é capaz de disseminar diversas doenças. Essa foi mais uma ação da Prefeitura de Macaíba contra o Aedes Aegypti.

Em Macaíba, a equipe do VER-SUS totaliza 12 integrantes, oriundos de cursos como Enfermagem, Biomedicina, Farmácia, Odontologia, Psicologia e Fisioterapia.

VER-SUS

O VER-SUS é um projeto focado na formação de trabalhadores para o Sistema Único de Saúde (SUS). Já foi realizado em 20 estados, 180 municípios, envolvendo cerca de 20 mil estudantes inscritos.

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Saúde começará a distribuir no fim de fevereiro as primeiras 50 mil unidades do Kit NAT Discriminatório para dengue, zika e chikungunya, que permitirão o diagnóstico simultâneo das três doenças com maior agilidade. Outra qualidade é a redução do custo de aplicação do teste.

“O teste que vamos distribuir vai dizer de maneira objetiva dentro de duas horas qual é a enfermidade que a pessoa está acometida. É importantíssima a informação para as gestantes”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, durante a apresentação do kit hoje (16), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico e Prototipagem do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz-Paraná), Marco Aurélio Krieger informou que o teste no formato que foi produzido é único no mundo. “Não existe nenhum teste disponível, que faça esta avaliação discriminatória neste formato”, contou.

Os kits serão encaminhados a 18 dos 27 laboratórios centrais (Lacen) do Ministério da Saúde, localizados em cada estado do país, que conforme o ministro, estão equipados para receber os 50 mil testes, produzidos pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Outros três laboratórios estão sendo preparados para receber os testes. A previsão é que até o fim do ano sejam distribuídos 500 mil kits. “A produção dos testes vai ser distribuída continuamente para fazer o diagnóstico. A prioridade para a diferenciação diagnóstica vai ser para as gestantes”, revelou.

De acordo com Marcelo Castro, atualmente, o problema número 1 do Brasil é a microcefalia. “O Brasil tinha, em média, de 2.000 para cá, segundo estatísticas, 150 casos de microcefalia por ano. De outubro para dezembro do ano passado tivemos 3.500 casos aproximadamente. Então é um caso gravíssimo de saúde pública, poucas vezes vivido na história de nosso país”, indicou.

Diante da situação, o ministro defendeu que não podem faltar recursos para combater a doença. Ele informou que este ano estão garantidos R$ 500 milhões para ações específicas relacionadas à microcefalia. “Nós temos a palavra e o compromisso da presidenta Dilma, de maneira explícita, de que não faltarão recursos para o combate à microcefalia no Brasil”, disse.

O ministro Marcelo Castro informou que estão confirmadas três mortes por chikungunya, duas na Bahia e uma em Sergipe, todas em pessoas idosas. Castro disse que as três doenças que serão diagnosticadas com os testes são graves e estão matando.

“Qualquer das três doenças tem que ser tratada com a devida gravidade, os casos mais graves tem que ser internados, têm que ser tratados os sintomas, porque a gente não tem o remédio para tratar dengue, não temos o remédio para tratar a chikungunya, não temos o remédio para tratar a zika”, disse, acrescentando que, por isso, ele acredita que é preciso tomar todas as providências clínicas para combater os sintomas”, apontou.

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, informou que se os testes fossem produzidos por laboratórios privados e com aplicações para cada tipo das três doenças custariam entre R$ 900 e mais de R$ 2 mil.

“Na escala que estamos fazendo esse teste vai sair com um custo entre US$18 a US$20. Então, só é possível colocar isso em escala de saúde pública, vai ser feito nos Lacens e nas áreas de referências e para estudos, ele se torna factível como instrumento de saúde pública”, analisou.