Como está a formação do diretório estadual da Rede?
[FREITAS JÚNIOR]: Adotamos um modelo de organização horizontal onde os diretórios deram lugar ao que chamamos de elo. Hoje nosso elo estadual procura manter a riqueza da diversidade, com jovens e pessoas mais maduras, além de garantir boa participação feminina, inclusive com paridade de gênero nos porta-vozes estaduais, com uma composição de profissionais liberais, servidores públicos, aposentados, estudantes e pescadores.
O deputado Hermano Moraes procurou a Rede para se filiar ao partido?
[FJR]: Sim, o deputado Hermano esteve na nossa sede nacional em Brasília. Ele, assim como muitos políticos, tinha interesse em conhecer a Rede, foi bem recebido e pôde conhecer como se organiza um partido de novo tipo.
Houve negociação para que Francielle Lopes ingressasse à Rede já na posição de dirigente do partido?
[FJR]: Não houve negociação com Francielle nem com nenhuma outra pessoa para vir como dirigente, tanto que não temos nenhuma comissão provisória municipal. Sei que a imoralidade da casta política é muito grande, mas o fato é que Francielle apesar de receber diversos convites para filiação a outros partidos, já possuía diálogo com a gente e fez a sua opção pela Rede. Após sua filiação ser aceita, o nome dela fez parte da composição que foi eleita por consenso progressivo, que é uma prática nossa.
[OP]: A Rede/RN avalia ter quadros suficientes para administrar as cidades em que lançar candidaturas?
[FJR] Ótima pergunta! A Rede não pretende nem pode pretender querer o poder para si, nossos quadros para gestão estão na sociedade, vamos acabar com o apadrinhamento parasitário e adotar um modelo que procura trabalhar com os melhores quadros, independente de filiação a partido político. Precisamos acabar de uma vez por todos com essa perpetuação de famílias e conluios no poder e sua herança nefasta e viciada que tanto parasita a coisa pública.
Quais serão os critérios para a celebração de alianças nas eleições 2016?
[FJR]: Tenho dito que nossa aliança é com a sociedade, claro que temos algumas restrições, os ficha suja, aqueles que estão dispostos a extorquir e fazem da política profissão enquanto muitos sofrem nos corredores dos hospitais e nossas crianças estão entregues a violência. À exceção desses, vamos sentar, conversar com partidos, ONG’s, ativistas, entidades de classe, coletivos e iniciativas, de forma que construamos uma aliança em torno de um programa para a cidade, feito pela sociedade e não nos gabinetes partidários, como tem sido feito até hoje.
Em que a Rede se diferencia dos demais partidos?
[FJR]: O fato de ser um ambiente para debates saudáveis, construção de consensos e respeito à diversidade, tendo um registro eleitoral mas sendo uma rede que conecta várias iniciativas da sociedade.
Entrevista concebida ao portal O Potiguar