“Não posso acreditar que os dois partidos que governaram juntos, que patrocinaram juntos tudo o que está acontecendo, seja na crise politica, na crise econômica, na crise social e na crise da Petrobras, um possa ser subtraído como o problema e o outro possa ser ungido como a solução.”A fala da ex-senadora foi durante sua entrevista no Programa do Jô, na TV Globo.
Veja os dois blocos da entrevista.

Entrevista do Professor João Marques a Connect TV
A nossa reportagem recebeu em nosso estúdio, o Professor João Marques. Ele que há mais de 30 anos tem um trabalho na cidade de Macaíba em defesa dos pobres e com especial atuação na defesa dos direitos da classe trabalhadora. Quando perguntado sobre umas postagens que estavam sendo veiculadas em alguns meios de comunicação da internet, de que ele era defensor de bandidos, o professor foi muito sereno e claro, ao dizer: “Eu, João Marques, filho de trabalhador e trabalhadora nunca defendi bandidos. Seja assassino ou ladrão. Ao contrário, ao longo da minha vida, sempre defendi a cidadania. E defender a cidadania é defender a vida e o correto em sociedade.” Sou contra todo e qualquer tipo de bandido, inclusive os de “colarinho branco” ou aqueles que usam a farda militar para fazer bandidagem”. ”O meu trabalho na cidade de Macaíba e em todo estado é um só. Sou contra qualquer tipo de bandidagem e defendo o estado de direito. O respeito da hierarquia das normas e dos direitos fundamentais. Quem for desrespeitador deste princípio encontrou em mim um inimigo. Farei tudo para que este direito a vida e as regras sejam respeitadas. Atuo na luta sindical. Luto na defesa e proteção aos animis irracionais e racionais. Luto em defesa da vida. Isso não é proteger bandido.
Perguntado por nossa reportagem se tinha suspeita de quem está fazendo esse tipo de ameaça e falas indevidas sobre sua pessoa, o professor João Marques preferiu não comentar. Mas segundo ele, todas essas
postagens estão sendo rastreadas e em breve o agressor será denunciado na justiça e terá que responder legalmente.
Quanto ao seu trabalho, professor João Marques informou que continuará fazendo, seja na luta sindical ou na defesa da vida. Informou que é árdua a caminhada e confessa ter mais medo das represálias dos “bandidos de colarinho branco, esses usam até os bandidos de farda para existir”, enfatizou o professo João Marques.
Ao contrário, é lutar para que todo e qualquer bandido, seja ele de colarinho branco ou farda militar, se for bandido, SEJA PRESO. É essa minha luta e não tenho medo de viver. E se alguém tem raiva do meu trabalho, que ao invés de ficar postando falas infundadas sobre o meu trabalho, que seja homem o suficiente de me enfrentar. Tenho medo de morrer. Mas medo de falar a verdade e lutar para prender todo e qualquer tipo de bandido, nunca terei. Quem for homem o suficiente venha me enfrentar. Agora não usem da calada da noite ou da espreita indevida, venha de peito aberto feito eu. Sem armas e com a coragem. Se é que tem?

Como está a formação do diretório estadual da Rede?
[FREITAS JÚNIOR]: Adotamos um modelo de organização horizontal onde os diretórios deram lugar ao que chamamos de elo. Hoje nosso elo estadual procura manter a riqueza da diversidade, com jovens e pessoas mais maduras, além de garantir boa participação feminina, inclusive com paridade de gênero nos porta-vozes estaduais, com uma composição de profissionais liberais, servidores públicos, aposentados, estudantes e pescadores.
O deputado Hermano Moraes procurou a Rede para se filiar ao partido?
[FJR]: Sim, o deputado Hermano esteve na nossa sede nacional em Brasília. Ele, assim como muitos políticos, tinha interesse em conhecer a Rede, foi bem recebido e pôde conhecer como se organiza um partido de novo tipo.
Houve negociação para que Francielle Lopes ingressasse à Rede já na posição de dirigente do partido?
[FJR]: Não houve negociação com Francielle nem com nenhuma outra pessoa para vir como dirigente, tanto que não temos nenhuma comissão provisória municipal. Sei que a imoralidade da casta política é muito grande, mas o fato é que Francielle apesar de receber diversos convites para filiação a outros partidos, já possuía diálogo com a gente e fez a sua opção pela Rede. Após sua filiação ser aceita, o nome dela fez parte da composição que foi eleita por consenso progressivo, que é uma prática nossa.
[OP]: A Rede/RN avalia ter quadros suficientes para administrar as cidades em que lançar candidaturas?
[FJR] Ótima pergunta! A Rede não pretende nem pode pretender querer o poder para si, nossos quadros para gestão estão na sociedade, vamos acabar com o apadrinhamento parasitário e adotar um modelo que procura trabalhar com os melhores quadros, independente de filiação a partido político. Precisamos acabar de uma vez por todos com essa perpetuação de famílias e conluios no poder e sua herança nefasta e viciada que tanto parasita a coisa pública.
Quais serão os critérios para a celebração de alianças nas eleições 2016?
[FJR]: Tenho dito que nossa aliança é com a sociedade, claro que temos algumas restrições, os ficha suja, aqueles que estão dispostos a extorquir e fazem da política profissão enquanto muitos sofrem nos corredores dos hospitais e nossas crianças estão entregues a violência. À exceção desses, vamos sentar, conversar com partidos, ONG’s, ativistas, entidades de classe, coletivos e iniciativas, de forma que construamos uma aliança em torno de um programa para a cidade, feito pela sociedade e não nos gabinetes partidários, como tem sido feito até hoje.
Em que a Rede se diferencia dos demais partidos?
[FJR]: O fato de ser um ambiente para debates saudáveis, construção de consensos e respeito à diversidade, tendo um registro eleitoral mas sendo uma rede que conecta várias iniciativas da sociedade.
Entrevista concebida ao portal O Potiguar