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Coluna do Barbosa
O secretário estadual de Saúde do Rio Grande do Norte, Ricardo Lagreca, deu uma informação aparentemente banal, sem importância, mas que aos olhos de quem analisa o crescimento populacional de um município, caso do IBGE, por exemplo, trata-se de uma informação muito importante.
No município de Macaíba, na Grande Natal, há cerca de três anos não nasce um macaibense em virtude da Maternidade local está desativada. Existe um projeto da Secretaria de Estado da Saúde Pública para que até o final de maio a Maternidade volte a funcionar, ganhando assim o município de Macaíba que voltará a crescer populacionalmente com bebês nascidos na própria municipalidade.
A informação passada por Ricardo Lagreca ao ser entrevistado nesta terça-feira no RN TV 1ª Edição da Inter/TVCabugi, é digna de preocupação até para as autoridades. Como deixar que um município fique sem uma Maternidade para seus filhos nascerem? Será que é mais cômodo para as mulheres macaibenses terem seus filhos em Natal? Acredito que não!
Lembro que o censo ou recenseamento demográfico é um estudo estatístico referente a uma população que possibilita o recolhimento de várias informações, tais como o número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem as pessoas, profissão, entre outras coisas. Esse estudo é realizado, normalmente, de dez em dez anos, na maioria dos países.
Baseado no que disse o secretário estadual de Saúde, se pode dizer que Macaíba, no Rio Grande do Norte, estaria fadada a ter filhos “adotados”. Ou seja, um município sem filhos legítimos, se não existisse um projeto para retomar o funcionamento da Maternidade.
O fato merece atenção pelo ineditismo da situação que foi criada. Macaíba que tem 69.467 habitantes, de acordo com o censo do IBGE de 2010, praticamente ninguém nasceu no município nestes quatro últimos anos, se levando em consideração ainda que estamos no início de 2015. Ou seja, de 2010 pra cá, tirando o ano de 2011, as macaibenses tiveram seus filhos em Natal, capital do estado, ou em cidades próximas.
É claro que mesmo com esta situação, digamos, inusitada, as mulheres macaibenses, ainda assim, podem registrar seus filhos no município de Macaíba. Mas, de fato, eles não nasceram na municipalidade.
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