Foto: Marcos Corrêa/PR
O comandante do Exército Brasileiro, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (foto em destaque), determinou a exigência de comprovante de vacinação contra a Covid-19 e o uso de máscaras para que militares retornem ao trabalho presencial. Na mesma ordem, proibiu militares de espalharem fake news e determinou que eventos religiosos tenham sua “pertinência” analisada.
As orientações – que vão de encontro ao entendimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a obrigatoriedade da vacina e o uso de máscara e defende a plena realização de cultos e missas mesmo durante a pandemia do novo coronavírus – constam em diretriz assinada nessa segunda-feira (3/1). O texto, ao qual o Metrópoles teve acesso, foi revelado pelo site O Antagonista.
Oliveira diz ser necessário avaliar o retorno às atividades presenciais dos servidores, desde que respeitado o período de 15 dias após a imunização.
A recomendação surge após o Metrópoles revelar que 36,5 mil militares do Exército e da Aeronáutica ainda não se vacinaram contra a Covid-19.
Só na Força Terrestre, comandada pelo general Oliveira, 32,2 mil militares não se imunizaram. Na prática, isso equivale a 15% do efetivo total da tropa, que tem cerca de 215,1 mil soldados. Os números foram pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) em novembro.
O objetivo da diretriz, segundo o comandante, é preservar a saúde dos integrantes do Exército e a capacidade operativa da Força Terrestre.
Metrópoles
