Deputados criticam situação da Segurança Pública no Rio Grande do Norte

Foto: João Gilberto

Citando os 12 assaltos que aconteceram em apenas um dia no município de Areia Branca, o deputado Kelps Lima (Solidariedade) demonstrou preocupação com o aumento da violência no RN. Este foi o principal assunto do seu pronunciamento durante a sessão plenária desta quarta-feira (22).

“A cidade já passa por episódios de violência constantemente, mas ontem houve um pico, porque é óbvio que na medida em que os bandidos vão assaltando e não tem respostas efetivas do Governo, vão se sentindo à vontade para avançar e foi isso o que ocorreu em Areia Branca”, afirmou o parlamentar.

O deputado afirmou que os policiais militares estão sendo expulsos pelos bandidos dos bairros em que residem, porque “a bandidagem avança num ritmo que é muito preocupante e infelizmente os sinais de debelar esta crise são muito frágeis”, criticou Kelps.

O anúncio, pelo Governo, da mudança de local da construção dos dois presídios, com capacidade para 600 detentos cada, também mereceram novas críticas do deputado. “Em 72 horas foi mudada a localização da destinação dos dois presídios, foi anunciada uma cidade, depois outra e a população fica sem ter segurança sobre o que o Governo está fazendo”, disse.

Outra observação foi quanto ao programa Ronda Cidadã, anunciado para Mossoró. O deputado afirmou que o programa se revelou ineficaz no bairro de Mãe Luiza.

Foto: João Gilberto

A questão da insegurança é um problema que a cada dia ganha mais amplitude, de acordo com a opinião do deputado Souza (PHS), manifestada em pronunciamento na sessão plenária da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (22).

“O Governo do Estado, de certa forma tem-se mantido silente com relação ao problema. Estou cansado de ouvir nas mensagens do governador, que vai ser feito o concurso público para a segurança e sequer temos conhecimento do lançamento do edital desse concurso. Estou cansado de reivindicar por maio de requerimentos, que se tenha reforço policial nas cidades, mas esses requerimentos figuram como meras justificativas formais que damos à população, uma vez que, a cada publicidade de nossas solicitações, renova as esperanças”, afirmou o deputado.

Segundo Souza, o povo não consegue compreender efetivamente a existência dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. O povo acha que nós legisladores não resolvemos a questão de segurança por que não nos esforçamos, quando na verdade é o Governador, o poder Executivo que tem que traçar as metas e os planos para combater a insegurança.

“Ou levantamos nossas vozes unanimemente para que seja feito algo, ou todos levaremos a culpa pela omissão. A Assembleia tem feito a sua parte, tem contribuído naquilo que pode, mas precisamos levantar a nossa voz. A questão da segurança tem que ser tratada como um plano de ação que envolva Executivo – federal, estadual e municipal – Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e sociedade civil”, afirmou Souza.

O deputado disse que ficava entristecido quando via os policiais que foram concursados reivindicarem sua convocação . A verdade é que nem o governo nem o Judiciário, nem o Ministério Público querem a convocação deles.

“Vamos dizer a verdade. Se há algum entrave para a realização do concurso público, por que não se discutir isso às claras? E não foi feito concurso para a Educação? E não foi feito processo seletivo para o ITEP?. O concurso é urgente, não há como esperar”, asseverou Souza.

O deputado disse ainda que a mera instalação de um caixa eletrônico torna-se motivo de insegurança, nas cidades ditas turísticas, a reclamação é que não se tem dinheiro nos caixas eletrônicos devido à ineficaz política de segurança. Lembrou que os carros fortes estão sendo explodidos.

Com relação à sua cidade, Areia Branca , Souza disse temer quererem retomar a política do toque de recolher. “Lá a Policia está orientando o povo a não ficar nas calçadas. Se é assim em Areia Branca, certamente não é muito diferente em Mossoró. Mossoró hoje é a cidade mais violenta do Estado”, acentuou o deputado.

Administrador