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Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (RN) falou sobre situação em Macaíba |
Daísa Alves
repórter
Como se averigua a situação atual da criminalidade em Macaíba?
A
gente vê com muta preocupação. É uma cidade fronteira com Natal e há
uma quantidade muito grande de violência concentrada. Uma taxa de 137
mortes por 100 mil pessoas, é cinco vezes maior do que a média nacional.
Além disso, nesse período que a Secretaria de Segurança está dizendo
que está fazendo operações, como a força-tarefa e avante, os números têm
aumentado. Antes da força tarefa havia 8 homicídios por mês. Depois
subiu para 14. É algo assustador.
A que se pode atribuir os altos índices?
O
que na verdade está acontecendo é a concentração da tragédia da
segurança. Forte tráfico, falta da presença de policias, e clima de
impunidade geral. E ainda, poucos homicídios com a identificação do
culpado. Além de todos os aspectos se percebe a prática de grupos de
extermínio pela forma como os crimes são cometidos. Também há uma
aproximação da exclusão do estado, é um municípios com área rural muito
extensa, que propicia as condições para que haja desova de cadáver.
Quais ações serão eficientes para o combate da criminalidade?
A
policia por si só não vai conseguir resolver sozinha, cabe a ela agir
ostensivamente para inibir determinados crimes de características
interpessoais. À Polícia Militar cabe estudar a região, e colocar as
viaturas em determinadas rondas e rotas estratégicas, e a Polícia Civil
deveria revogar a presença do município com um delegado adjunto e maior
numero de agentes. Nisso poderia ser feito um mutirão para apuração dos
crimes. Mais ainda, é importante a mobilização social, como a recente
passeata, para cobrar do Governo do Estado o mínimo de prioridade que a
situação exige. Tribuna do Norte