
Completam-se seis meses da morte de Eduardo Campos e é cada vez maior a sensação de perda e do sentimento dolorido de sua ausência. É mais forte para quem gozava de seu convívio familiar, o tinha como amigo, companheiro de partido, de trabalho e de luta. Durante dez meses percorri com ele todas as regiões do Brasil debatendo ideias e alimentando sonhos. Uma experiência para guardar com lições valiosas para toda a vida. Sempre peço, em minhas orações, que Deus ampare e fortaleça sua esposa Renata e seus filhos João, Maria Eduarda, Pedro, José e Miguel, que hão de crescer fortes e firmes em sonhos e ideais.
Há uma dimensão da ausência de Eduardo Campos que, embora com dificuldades, é possível comunicar: a evidente perda para a democracia no Brasil. Muito mais que reconhecer seu talento político e a trajetória vitoriosa que cumpriu, com destaque para as eleições do ano passado, podemos imaginar a atuação ao mesmo tempo firme e equilibrada que ele teria na conjuntura difícil que hoje vivemos – e cujas linhas fundamentais ele já antecipava, em alertas repetidos sobre o mal que as “velhas raposas” estavam causando ao país.
“Não vamos desistir do Brasil” foi mais, muito mais que uma frase de efeito e renovação que Eduardo representava, pois se tornou mais necessária e mais urgente.