SÃO PAULO – O Brasil passa hoje por uma situação dramática, em que a sociedade está pagando um preço muito alto por um governo que está há doze anos no poder, mas não soube fazer o que era necessário no tempo certo, ocultando problemas para vencer as eleições. Essa é a avaliação da ex-senadora e candidata derrotada na última disputa presidencial, Marina Silva (Rede).
Em entrevista concedida à rádio Gaúcha, a política com passagem por PT, PV e que participou das eleições de 2014 hospedada no PSB, criticou as manobras feitas por sua adversária Dilma Rousseff durante uma campanha que chamou de “infame processo de desconstrução” que “extrapolou todos os limites da ética” e diz que o país agora colhe os frutos da sobreposição do pragmátismo a agendas programáticas. Durante a conversa, que durou cerca de 15 minutos, ela fez referência à atual situação da inflação, do desemprego, ao cenário recessivo e os riscos de perda de benefícios, também por conta de mudanças em regras feitas no ano passado.
“No meio de uma crise como essa, temos pelo menos 4 programas econômicos – aliás, já temos uns cinco: o programa do governo que era com Levy, o programa do atual ministro, o programa do presidente do Senado, o programa do PMDB e o programa do PT, feito pela Fundação Perseu Abramo. Isso, sim, é que é não ter posição”, criticou Marina, que foi ministra do Meio Ambiente durante parte do governo Lula. No entanto, para ela, o clima político traz efeitos ainda mais nocivos para o contexto de crise. Durante seu discurso, ela voltou a criticar as alianças interesseiras e o toma-lá-dá-cá da política brasileira como ingredientes de instabilidade que se aliam à perda de base para governabilidade da atual gestão.
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