Marina abriu seu discurso ressaltando suas raízes nortistas e afirmando a necessidade de uma política específica para a região. Para ela, o Brasil ainda não foi capaz de pensar num projeto para a Amazônia. “Já temos o embrião de algumas políticas para o desenvolvimento da Amazônia. Nós, os amazônidas, em nossos Estados, temos algumas experiências piloto que ainda não se transformaram nas políticas públicas de desenvolvimento necessárias para nossa região”, disse.
A ex-senadora também enalteceu a importância do diálogo aberto sobre o Brasil e criticou a atual forma de fazer política. “Boa parte dos erros que estão sendo cometidos hoje pelo governo podem e devem ser reparados. E um deles pode ser reparado rapidamente, que é o atraso na política. Fazer uma aliança em cima de um programa é o avanço que o Brasil precisa em lugar da distribuição de cargos. Saio daqui com a esperança de que esse debate vai continuar nas candidaturas que apoiam Eduardo presidente, na sociedade e, sobre tudo, Brasil afora”, ressaltou.
“Hoje estou como vice do Eduardo. Mas, com esse programa, com esse esforço que estamos fazendo, mesmo sem ser a sua vice eu estaria fazendo a sua campanha, porque o que nós queremos é mudar o Brasil”, finalizou Marina.
Em sua fala, Eduardo Campos reiterou as críticas de Marina Silva e afirmou que é preciso mudar a forma fisiologista como são geridos os cargos nos ministérios. “O Brasil hoje com 36% de carga tributária, com o povo nas ruas querendo educação, saúde e mobilidade urbana ‘padrão Fifa’, e temos um Estado com 39 ministérios, todos ocupados da forma que estamos vendo. Não tem quem equilibre essa conta. Não precisa ser experiente para saber que, para fazer essa inversão, a gente precisa mudar o padrão político do chamado ‘presidencialismo de coalizão’”.
“O povo brasileiro que luta para fazer o seu trabalho, para fazer o almoço dos seus filhos, vai se animar. E o ânimo do povo brasileiro será o combustível pra levar as ideias que aqui viemos coletar. Nós, eu e a Marina, teremos, a partir do dia primeiro de janeiro, uma grande tarefa de unir boas ideias para reacender a esperança da população, para que as pessoas possam olhar para Brasília e finalmente se reconhecer”, concluiu Campos.
Blog Marina Silva