Zulmair Rocha/UOL |
Uma auditoria feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União) aponta que as obras de saneamento no Brasil enfrentam uma série de desafios e seguem em ritmo lento, mesmo com grande aporte de recursos. Segundo o relatório, os atrasos e paralisações podem adiar a universalização do serviço para 2060. De acordo com o Ministério das Cidades, a meta fixada de universalização pelo Plano Nacional de Saneamento Básico –lançado em 2013– é 2033.
A auditoria do TCU foi realizada no primeiro semestre de 2014 e teve relatório votado e aprovado pelos ministros do TCU no último dia 25 de março. Uma série de recomendações e determinações foram repassadas aos gestores federais para que as obras avancem mais rapidamente.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), 63,5% das residências brasileiras não têm ligação de esgoto, o que corresponde a 23,8 milhões de lares sem o serviço.
De acordo com um ranking com 200 países, o Brasil ocupa a 112ª posição no quesito, conforme estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Para a Unesco, cada dólar investido em saneamento pode dar retorno 28 vezes maior.
O TCU analisou 491 contratos firmados pelo Ministério das Cidades entre 2007 e 2011 e que estavam ativos até o final de 2013. O volume de recursos fiscalizados foi R$ 10,4 bilhões.
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