
Foto: Verônica Macedo
Os vereadores de Natal aprovaram durante sessão ordinária desta última quinta-feira (21) o projeto de lei de autoria do vereador Felipe Alves (União Brasil) que proíbe o uso da “linguagem neutra” na grade curricular, no material didático de instituições de educacionais públicas ou privadas, concursos públicos e no ensino da língua portuguesa na rede escolar municipal.
“A chamada linguagem neutra é uma deturpação que não pode se disseminar nos ambientes escolares. Precisamos proteger nossas crianças e sermos intransigentes quanto ao bom uso da língua portuguesa, sobretudo no âmbito das escolas. A língua é uma das identidades mais importantes de um povo, portanto, temos que defender esse patrimônio”, disse o autor.
Ele destacou que matéria semelhante já foi aprovada na Câmara Federal e que a intenção não é proibir as pessoas de falar. “Não estamos proibindo ninguém de falar a linguagem neutra. O que estamos fazendo é protegendo nossas crianças para que saibam qual a linguagem oficial usada no nosso país porque estamos vivendo um momento que a nossa língua está sendo ameaçada”, destacou Alves.
A matéria também foi defendida pela vereadora Camila Araújo (União), que se pronunciou ressaltando a importância da iniciativa para a manutenção da padronização da língua portuguesa, prevista no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), que entrou em vigor em 2009 no Brasil e em Portugal.
Contudo, também houve rejeição na Comissão de Educação. Os vereadores petistas Daniel Valença e Brisa Bracchi, além da vereadora Camila Barbosa, do mandato coletivo Juntas (PSOL), e da vereadora Júlia Arruda (PCdoB) votaram contrários. O Bispo Francisco de Assis (PRB) se absteve na votação.
Em resposta às críticas, outros vereadores pediram para subscrever a matéria que segue agora para sanção do prefeito Álvaro Dias (Republicanos).
Tribuna do Norte