Na Globo News, Marina Silva defende a cassação da chapa Dilma/Temer

A porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, foi a entrevistada da semana no programa Diálogos, veiculado na noite desta última quinta-feira (30 de março) na Globonews. Durante os quase 25 minutos de conversa com o jornalista Mario Sergio Conti, ela abordou os principais assuntos do momento, que compõem a atual conjuntura política do país. Entre esses temas, Marina voltou a defender a cassação da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), criticou a tentativa dos partidos de barrar a Operação Lava Jato, a reforma da Previdência e o projeto de terceirização aprovada na Câmara.

O programa foi transmitido ao vivo para os telespectadores. Na entrevista, a porta-voz da REDE reiterou que existem fartas comprovações das irregularidades tanto na Operação Lava Jato quanto no processo contra a chapa Dilma/Temer no TSE. Na sua avaliação, os crimes precisam ser punidos com a cassação de quem os praticou.

“Tem uma declaração do Marcelo Odebrecht no TSE, que ele doou de forma ilegal, via caixa 2, R$ 150 milhões para a campanha Dilma/Temer. Isso é uma comprovação farta e a sociedade brasileira espera que também possa acontecer na Justiça Eleitoral o que já tem acontecido na Justiça Criminal”, destacou Marina.

Sobre os rumores de que o TSE poderá postergar o julgamento da chapa mais adiante com pedidos de vistas ao processo e até mesmo desmembrar o caso para julgar Dilma e Temer separadamente, Marina salientou a necessidade de a Constituição e as legislações vigentes serem respeitadas. Como justificativa, a porta-voz da REDE apontou que todos os casos semelhantes ocorridos com governadores tiveram decisões pela cassação da chapa.

“Não existe a eleição de vice no Brasil. O vice é eleito pelo titular. Além disso, o PT e o PMDB praticaram os mesmos crimes juntos. E o Temer é o vice da Dilma. Ele está na linha sucessória porque ela o colocou. Eles são irmãos siameses e faces da mesma moeda. Praticaram juntos e, obviamente, não se pode fazer essa separação”, disse.

Com base nesses argumentos, Marina voltou a defender a realização de nova eleição para presidente caso aconteça de fato a cassação pelo TSE. Para ela, seria uma forma correta de repactuar o Brasil com essa transição. Ela também reiterou sua posição contrária de preservar os direitos políticos dos cassados, tanto do titular quanto do vice. “Precisamos ter uma lei exemplar em relação aos crimes eleitorais. Se isso não acontecer, com certeza estaremos desrespeitando a Constituição brasileira.”

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