Marina Silva ‘Estamos nacionalizando o debate sobre segurança’

feira
Marina Silva, candidata a vice-presidente da República, afirmou na última   sexta-feira (8) que a Coligação Unidos pelo Brasil “está nacionalizando o debate sobre segurança pública, coisa que todo presidente da República prefere deixar nas mãos dos governadores”. A afirmação foi feita no mesmo dia em que Eduardo Campos, candidato a presidente, anunciou a criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública para que Estados e municípios tenham dinheiro para combater a violência.
A ex-senadora cumpriu agenda em Feira de Santana e em Santo Amaro da Purificação ao lado da ex-ministra do STF Eliana Calmon, candidata ao Senado pela Bahia, e da senadora Lídice da Mata, que concorre ao governo baiano. “Os governadores sozinhos não têm como resolver o problema do tráfico de drogas e do tráfico de armas, nem uma política que oriente programas para a formação continuada do policial, de valorização e melhor remuneração desses policiais”, disse a candidata a vice. Lembrou as dificuldades vividas pela Polícia Federal, que “já perdeu cerca de 3 mil policiais em função da falta de suporte, de apoio, de valorização desse trabalho”.
Marina afirmou que o combate à violência precisa ser feito dentro de uma perspectiva abrangente. “Nosso programa de governo, construído com apoio da sociedade brasileira, traz uma abordagem diferente para a área de segurança, uma abordagem integrada que atenda o combate à violência, mas também a defesa dos direitos humanos. Hoje, cerca de 56 mil pessoas por ano são assassinadas e a maioria desses assassinatos recaem sobre a população jovem, principalmente negros e pobres. Há, portanto, um debate que precisa ser feito que passa por uma maior integração entre o trabalho das polícias, valorização e melhor remuneração dos policiais, mas também o acesso à Justiça”, declarou.
A educação tem, segundo Marina, um papel fundamental na redução dos índices de violência. “Nossos jovens precisam ter uma escola que lhes assegure uma boa formação profissional, por isso apostamos tanto no ensino fundamental, no ensino médio, no ensino para formação técnica e universitária. E que se tenha um país crescendo, em desenvolvimento econômico, para que essas pessoas possam ter uma ocupação digna. Isso é uma forma de se combater violência.”
Assessoria

Administrador