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Em entrevista ao Jornal da Tribuna do Norte, o governador Robinson Faria (PSD) fala sobre seus 4 meses a frente do governo e sobre a previdência do estado, onde desde dezembro de 2014 vinha se tirando dinheiro para a folha de pagamento.
Qual a avaliação que o senhor faz destes quatro meses de administração?
Primeiro, recebemos o Estado em uma situação dificílima, com déficit, contas vencidas, de quase R$ 800 milhões, sem falar nas que apareceram depois, como a que a Petrobras nos apresentou de R$ 170 milhões, que não estavam em restos a pagar. E recebemos em caixa apenas R$ 4 milhões disponíveis.
Diante desta situação houve cortes? Qual foi a economia efetiva que se conseguiu atingir até agora?
Adotamos medidas de redução drástica de custeio. Tivemos uma economia de 68% neste item. Isso significa R$ 138 milhões em quatro meses.
Mas foram usados recursos do Fundo de Previdência, o que ameaça as aposentadorias futuras…
Utilizamos uma lei aprovada na Assembleia no governo passado. Isso foi importante para a administração anterior e, reconheço, para o governo atual. E temos consciência que a atualização deste Fundo foi importante para não deixar de pagar o servidor, o médico, o enfermeiro, o professor, os servidores que trabalham, querem e precisam receber os salários. Não seria justo na largada do mandato um descontrole total e absoluto da máquina pública. Tivemos que ir para o mal menor, que foi recorrer ao Fundo de Previdência.
Esses recursos não estão mais disponíveis?
Não, mas temos um planejamento. Fui ao ministro da Previdência e entreguei um documento assinado por mim com um cronograma de ressarcimento nos quatro anos de nosso mandato. Já houve uma devolução de R$ 130 milhões, com pagamentos de R$ 40 milhões, outro de R$ 45 milhões e mais outro de R$ 45 milhões. Os saques que foram feitos somam R$ 432 milhões, dos quais 234 milhões do governo anterior.