Um público de mais de 1500 pessoas, que lotou dois auditórios da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, acompanhou hoje o Primeiro Encontro Regional Programático da Aliança PSB-REDE-PPS.
Marcando o início do encontro, a apresentação das cinco diretrizes programáticas, compostas em forma de verso pelo poeta Antônio Marinho, ganhou uma versão gaúcha, sendo “milongueada” pelo cantor Márcio Padula.
A abertura do encontro também contou com a presença da ex-senadora e porta-voz nacional da REDE Marina Silva, do governador do Estado do Pernambuco e presidente do PSB Eduardo Campos, do presidente do PPS e deputado federal Roberto Freire e do senador Pedro Simon, entre outras lideranças locais.
“Com certeza o que estamos fazendo aqui é um movimento que vai para além do tempo presente e é a esperança que temos. É o que estamos trabalhando para que aconteça. Eu agradeço o esforço de transformar em verso aquilo que temos que transformar em ações”, disse Marina, elogiando a apresentação do cantor Márcio Padula.
Em seu discurso, Marina também enfatizou a necessidade de desenvolver um programa de governo que de fato contemple os anseios da população brasileira. “Fazer um programa não é um desafio fácil, fazer um programa exige um esforço muito grande de elaboração, mas principalmente de mediação. Mediação de diferentes interesses que atravessam as ações e desejos dos brasileiros e brasileiras”, disse.
O governador Eduardo Campos fez coro com Marina sobre a necessidade de dedicação ao programa de governo e lançou mão de uma trecho de música do cantor Gilberto Gil para expressar seu ponto de vista. “O povo sabe o que quer, mas também o povo quer o que não sabe, como diz Gilberto Gil. São aquelas coisas que a gente tem o coração, mas ainda não sabe como. Está pra nascer o poema, a narrativa”, disse o governador. “Não tem quem barre o movimento de um povo quando ele decide fazer a mudança. E nós já vimos isso. Essa é a parte que o povo já sabe. E tem aquela outra parte, que também quer o que não sabe, que é o estamos tentando encontrar aqui, traduzir para um programa”, disse Campos.
“Eu tenho dito que quem vai ganhar essa eleição é o tablado e não o palanque. O tablado é diferente do palanque, que fica lá em cima. Do tablado, você tem que descer um pouco mais abaixo para, em vez de olhar de cima para baixo, olhar de baixo para cima, para ver o que está acima de nós. E o que está acima de nós é o Brasil. É o desafio da educação, da saúde, da segurança, da infraestrutura, da proteção das nossas imensas e belas riquezas naturais. Olhar de baixo para cima, vendo o que está acima de nós, é assumir o compromisso de deixarmos de ser gigantes pela própria natureza para nos agigantarmos pela natureza da gente”, disse Marina.
Para Campos, a mudança que a sociedade anseia é urgente. “Chegou a hora do Brasil fazer o que ele adiou durante essas três décadas: é um reencontro do Brasil, do seu povo, com seu destino. O país tem pouco tempo para colocar uma agenda nova, estratégica, que faça o Brasil ganhar o século XXI”, disse.
Rede Sustentabilidade