Corte de 50% nos investimentos da UFRN: Anúncio oficial de cortes sai em julho

O corte de quase 50% no orçamento para investimento pode prejudicar, no caso da UFRN, parte das 55 obras que estão em andamento
Foto: Alex Régis
A reunião entre a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Paiva Cruz, seus auxiliares e o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação (MEC), Jesualdo Pereira Farias, não teve decisões. Isso porque o anúncio definitivo dos cortes nos orçamentos das instituições federais de ensino só será anunciado no próximo mês. No caso da UFRN, o MEC propõe um corte de 50% nos investimentos  e 10% no custeio no orçamento neste ano. No Estado, Além da UFRN, duas outras instituições serão atingidas: Ufersa teme perder 46% dos recursos e IFRN R$ 21 milhões.  
Durante a reunião na manhã de ontem, em Brasília (DF), a reitora Ângela Paiva defendeu a continuidade das 55 obras em andamento na UFRN e manutenção do dinheiro destinado à investimentos na Assistência Estudantil. “Foi um reunião de planejamento e bastante proativa”, descreveu Ângela Cruz. Segundo ela, a equipe do Ministério da Educação não adiantou se os percentuais de corte serão mantidos ou poderão ser reduzidos. “Eles irão organizar as demandas das demais instituições de ensino federais e essa decisão do que fica para ser executado neste ano e do que vai ser executado no próximo ano vai ser anunciado daqui há 15 ou 20 dias”, explicou a dirigente máxima da UFRN. 
Uma das tesouradas mais  profundas do MEC foi proposta para ser aplicada no dinheiro do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Os R$ 7 milhões que seriam destinados à universidade, podem se transformar em apenas R$ 3,5 milhões. O objetivo da gestão da UFRN era ampliar ou construir uma nova unidade do restaurante universitário no Campus Central e uma unidade em Caicó. Equipamentos esportivos para Currais Novos, Caicó e Santa Cruz também estavam previstos para serem executados com esse dinheiro. 
Sobre o Programa de Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) e Programa de Formação de Professores em Exercício (Pro-formação), o ministério também não comentou. “O próprio MEC vai tratar disso com a Capes [Coodenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior]”, declarou. 

Administrador