Desenvolvimento e Sustentabilidade Arquivo

Brasília - O pesquisador da Embrapa Lineu Rodrigues, durante o seminário Os Agricultores no 8 Fórum Mundial da Água (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil – O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Cerrados Lineu Rodrigues disse ontem (27) que a irrigação na agricultura é uma tecnologia fundamental para alcançar a sustentabilidade ambiental e na produção de alimentos. Segundo o pesquisador, o desafio é fazer com que os produtores se apropriem dessas tecnologias para aumentar a produtividade na lavoura.

Como exemplo, Rodrigues conta que, há 20 anos, quando a produção média do milho no país era de 2 toneladas por hectare, já havia áreas irrigadas produzindo em torno de 16 toneladas por hectare. Quando se produz mais na mesa unidade de área, evita-se a necessidade de abrir mais áreas, além de se garantir produção até 2,5 vezes maior.

“Garante-se a estabilidade na produção de alimentos. No sequeiro [método que usa apenas água da chuva para irrigação], a produção é variável de ano para ano e tem essa incerteza. E a população que está nos centros urbano, não quer ter essa incerteza”, disse. “Não conseguiremos atender a demanda mundial de alimentos sem irrigação e precisamos de boa gestão e bom planejamento.”

Rodrigues ressaltou que existem regiões críticas e conflitos pelo uso da água no Brasil, mas que, de maneira geral, menos de 1% dos recursos hídricos são utilizados. “Em grande parte do Brasil, o desafio é gestão e planejamento. É preciso envolver a população na definição de planos [de uso de recursos hídricos], fazer planos com metas claras e definir a qualidade de uso da água.”

Para Rodrigues, o pequeno produtor é fundamental na produção de alimentos diretos para a população, principalmente perto dos centros urbanos. Por isso, segundo o especialista, esse produtor precisa se aproximar mais dos centros de pesquisa e se apropriar das tecnologias de irrigação, assim como, o Estado e os governos precisam integrar as políticas públicas de segurança hídrica e alimentar.

“Temos tecnologias de diversos níveis e formas, das mais qualificadas às de custo barato. Quando o produtor, seja pequeno ou grande, começa a manejar sua irrigação, ele começa a ter noção de como está usando a água, a ter essa visão de que está integrado a um sistema maior”, ressaltou.

O pesquisador de Embrapa Cerrados participou hoje do evento preparatório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para o 8º Fórum Mundial da Água, que será realizado de 18 a 23 de março, em Brasília. Amanhã (28), a entidade deve divulgar um documento com as recomendações e o posicionamento do setor para o fórum.

Agricultura

lavoura agricultura familiar

Elza Fiúza/Arquivo/Agência Brasil

De acordo com o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho, de toda a água que é outorgada pelo Estado, dentro da lei, 70% são usados na agricultura. Entretanto, 95% da produção ainda é sequeiro, não tem suporte suplementar de água. “Entendemos que a água existe, mas falta melhor planejamento.
Mesmo durante o processo de escassez hídrica [que afetou São Paulo], a primeira torneira que fechou foi a da irrigação. Auferimos perdas no cinturão verde de São Paulo de até 50%, abrindo mão da água utilizada na irrigação para abastecimento urbano.”

Por outro lado, o diretor da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Jorge Werneck, ressaltou que, durante muito tempo, houve uma cultura no Brasil de abundância de água, um sentimento de que a água era infinita. “Mas a lei de 97 [Lei das Águas] já traz a água como bem finito e dotada de valor econômico, para que as pessoas entendam que ela é também um insumo importante dos processos produtivos e precisa ser tratada da melhor forma possível”, disse.

Para Werneck, é preciso uma gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos pois “em alguns lugares esse bem [água] começa a se mostrar insuficiente para atender todos os usos”. Mas, segundo ele, as tecnologias existem dando meios para dizer quando e quanto é necessário irrigar.

Ele destacou que, com a crise hídrica no Distrito Federal, algumas áreas irrigadas estão paradas e outras tiveram que fazer a alocação negociada, “que é uma coisa nova, discutir como dividir o prejuízo”. “Tiveram que reduzir a quantidade de água aplicada e a produtividade não diminuiu. Isso significa eficiência. Ninguém quer crise, mas são as oportunidades que surgem no momento da crise que se difundem por aí. Isso [tecnologias de irrigação] tem que ser entendido como investimento e não custo”, disse.

Gerador Fotovoltaico entra em operação no Campus Mossoró

Agora já são 14 usinas de energia solar em pleno funcionamento no IFRN. Na última terça-feira (23) a Instituição inaugurou mais um gerador fotovoltaico, no Campus Mossoró, composto de 315 módulos fotovoltaicos de 265 Wp (silício policristalino) e 4 inversores trifásicos de 20 kW, gerando uma potência máxima de 83,4 kW. Os painéis foram montados sobre parte das coberturas das salas de aula do Bloco D.  De acordo com o Engenheiro Eletricista Franclin Robias Junior, o mini gerador tem capacidade de produzir aproximadamente 133 MWh/ano, o que representa uma economia de R$ 49 mil ao longo dos primeiros 12 meses de funcionamento.

“É importante destacar que a expectativa de economia acompanha a variação do custo da energia elétrica ao longo do tempo, ou seja, quanto maior o custo da energia, maior também a redução de despesa em valores absolutos. A energia gerada cobrirá aproximadamente 13% da necessidade do Campus, tomando como referência o consumo registrado nos últimos 12 meses, além de evitar a emissão de 11 toneladas/ano de CO2 na atmosfera”, afirmou.

Pioneirismo
Com a instalação de seu primeiro gerador fotovoltaico, em 2013,  o IFRN se tornou a primeira instituição pública de ensino do Brasil a aderir ao sistema de compensação de energia regulamentado pela Resolução Normativa 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. De acordo com essa Resolução, um consumidor de energia elétrica que instale pequenos geradores em sua casa, condomínio ou empresa (como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e pequenas turbinas eólicas) pode utilizar a energia gerada para abater o consumo de energia elétrica da unidade. Quando a geração for maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser creditado na fatura dos meses seguintes.

Investimentos continuam
Nas próximas semanas será dado início ao processo de ampliação de geradores fotovoltaicos que já estão em funcionamento. Aqueles instalados na Reitoria e nos campi Santa Cruz, Zona Norte, que vão receber mais 27,8 kWp. O do Campus Mossoró, por sua vez, vai receber mais 55,6 kWp. Os projetos desses geradores estão na COSERN para análise.

Em breve, outros 7 geradores serão instalados nos campi Apodi, Cidade Alta (Unidade Rocas), Ipanguaçu, Macau, Nova Cruz, Parnamirim e Zona Norte, totalizando mais 798 kWp fotovoltaicos de geração distribuída no IFRN. A expectativa é ultrapassar a marca dos 2 MW instalados no início do próximo semestre.

Em 2016 os geradores fotovoltaicos forneceram 1,6 GWh para 11 unidades do IFRN, o que significou redução de despesa da ordem de R$ 613 mil nas faturas de energia elétrica. Com essa ação o Instituto também evitou a emissão de 142 toneladas de CO2 ao longo do último ano.  De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), pelo menos 30% da energia elétrica consumida no IFRN deverá ser provida a partir de fontes renováveis até o final de 2018.

Do Portal IFRN

O Fórum de Sustentabilidade acontece no Auditório do CTEC na UFRN nesta quarta-feira 29 de março às 14 horas. Serão debatedores neste primeiro encontro Anderson Cruz, Frederico Lopes e Julio Rezende, todos professores da UFRN.

            O evento explora em seu primeiro encontro o tema Cidades e Comunidades Sustentáveis. No contexto do debate se apresentarão exemplos e o funcionamento das cidades inteligentes.

O evento é uma organização do Conselho Regional de Administração do RN (CRA-RN), a Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN), o Departamento de Engenharia da Produção da UFRN.

O evento ocorre bimestralmente em um conjunto de cinco encontros que acontecerão ao longo do ano de 2017 a partir de março e concluindo em novembro.

Os Fóruns serão realizados conforme o seguinte calendário:

29/03/17 – Temática do Fórum: Cidades e Comunidades Sustentáveis,

30/05/17 – Temática do Fórum: Consumo Responsável,

13/07/17 – Temática do Fórum: Combate às Alterações Climáticas,

26/09/17 – Temática do Fórum: Vida na Água,

28/11/17 – Temática do Fórum: Vida sobre a Terra.

Os fóruns poderão ocorrer em diferentes lugares, apesar de estarem previstos de acontecer no Auditório do CTEC na UFRN.

O FÓRUM DE SUSTENTABILIDADE cria a conscientização da Sustentabilidade Ambiental junto aos profissionais de administração, engenharia e outras áreas.

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas com o professor Julio Rezende – 99981-8160, juliofdrezende@hotmail.com ou através do blog: www.SustentabilidadeForum.blogspot.com.

Serra Negra, no Seridó, receberá projeto do Greenpeace

O deputado federal Rafael Motta (PSB) e o prefeito do município de Serra Negra do Norte, Sérgio Fernandes (PSDB), firmaram parceria com a ONG não governamental, Greenpeace, para viabilizar a instalação de equipamentos que irão fornecer energia solar a escolas públicas do município.

Serra Negra será o primeiro município do Estado a receber o projeto pioneiro de energia solar em sua estrutura pública, e o financiamento do projeto será por meio de emenda parlamentar de autoria do deputado Rafael Motta, encartada ao Orçamento Geral da União para a aquisição de painéis fotovoltaicos.

“Uma das prioridades do nosso mandato é promover o desenvolvimento da energia solar em todo o Estado, pois é necessário conscientizar a população sobre a importância de utilizar energia renovável para benefício da sociedade e do meio ambiente, além de representar uma economia para a administração pública”, disse Rafael Motta.

Durante a audiência para o estabelecimento da parceria, Mariana Chaves, que integra a Diretoria do Greenpeace, confirmou que a ONG enviará uma equipe técnica até Serra Negra, com o objetivo de elaborar o projeto para aquisição e instalação dos equipamentos via emenda parlamentar por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Greenpeace

Greenpeace é uma organização não governamental internacional com sede em mais de 40 países que tem como missão defender o meio ambiente e o investimento em energia renovável.

Com usina fotovoltaica do Campus Lajes, IFRN bate meta de produção energética para 2016

Portal UFRN – Na segunda-feira desta semana, dia 26 de dezembro, entrou em funcionamento a 12ª usina fotovoltaica do IFRN, a do Campus Lajes, após inspeção e autorização da Cosern. A expectativa é que o gerador forneça anualmente 85,2 MWh, cobrindo cerca de 40% do consumo anual atual da unidade de ensino. De acordo com o engenheiro eletricista do IFRN Franclin Róbias, isso representará uma economia de no mínimo R$ 28,9 mil na despesa bruta com o fornecimento de energia elétrica. “Além do benefício econômico, cerca de 11 T/ano de CO2 deixarão de ser lançados na atmosfera”, completa.

Este é o 12º gerador fotovoltaico instalado no Instituto. “Assim a Instituição fecha 2016 batendo a meta com a expressiva marca de 1,2 MWp fotovoltaico distribuídos no estado, potência superior à da maior usina fotovoltaica em operação no RN, a Usina Fotovoltaica Alto do Rodrigues (UFVAR), com 1,1 MW, pertencente à Petrobras”, comemora o engenheiro.

Para o professor Alexandro Vladno, que já foi coordenador do curso Tecnólogo de Energias Renováveis do Campus João Câmara e hoje é diretor acadêmico do Campus Lajes, a experiência do IFRN com as usinas fotovoltaicas é um exemplo para todo o país. “Além de contribuirmos com a diversidade na produção de energia, ainda oferecemos um espaço de pesquisa para nossos estudantes e professores. Isso tem atraído a atenção de profissionais e outros pesquisadores da área, comentou.

USINAS FOTOVOLTAICAS NO IFRN

Em 2017, serão instalados minigeradores de 110 kWp nos campi Natal-Zona Norte e Santa Cruz. Mossoró também será contemplado com um gerador de 137,5 kWp. A expectativa da Diretoria de Engenharia do Instituto, focada na sustentabilidade, é conseguir contratar, ainda em 2017, usinas de energia solar para todas as outras unidades do IFRN. Hoje, além do Campus Lajes, há usinas na Reitoria e nos campi Caicó, Canguaretama; Ceará-Mirim; Currais Novos; João Câmara; Natal-Central; Parelhas;  Pau dos Ferros; São Gonçalo e São Paulo do Potengi.

Com potência instalada de 50 kWp, o gerador do Campus Lajes seguiu o mesmo projeto do equipamento instalado no Campus Parelhas (em 2015), composto de 200 painéis solares policristalinos de 250 Wp (Watt pico), da Canadian Solar, ocupando área de 320m² sobre a cobertura do prédio principal. Dois inversores trifásicos de 27 kW, modelo Trio da ABB, realizam a conversão da energia gerada em corrente contínua para corrente alternada, utilizada pelas cargas elétricas da unidade.

O IFRN foi a primeira instituição pública do estado a aderir ao sistema de compensação de energia regulamentado pela Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL. Conforme a REN 482/2012, um consumidor de energia elétrica que instale pequenos geradores em sua casa, condomínio ou empresa (como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e pequenas turbinas eólicas) pode utilizar a energia gerada para abater o consumo de energia elétrica da unidade. Quando a geração for maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser creditado na fatura dos meses seguintes.

 

Resultado de imagem para transposição

O Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse ontem (8), em entrevista a A Voz do Brasil, que as obras do eixo leste da transposição do Rio São Francisco estão chegando ao fim. “No eixo leste estamos concluindo o curso das aguas até 31 de dezembro deste ano. Portanto estamos muito proximos da conclusão. Em seguida, encheremos os reservatórios. Estaremos levando água até o último extremo do leixo leste até fevereiro de 2017 e entregando água ao Rio Paraíba e, principalmente, à região metropolitana de Campina Grande, que hoje sofre com a estiagem, se deus nos permitir, em abril de 2017”, disse Barbalho.

Amanhã (9), o ministro e o presidente da República, Michel Temer, visitarão as obras desta parte da transposição, em Pernambuco. A visita será a um trecho em Pernambuco, próximo a cidade de Floresta, região da estação de bombeamento número três.

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Energias renováveis

Uma área em franca expansão no Brasil e em especial no Nordeste e no Rio Grande do Norte, as energias renováveis recebem atenção especial na grade de cursos oferecidos pelo Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis-CTGAS-ER(Consórcio SENAI/Petrobras).Sempre focado na demanda da indústria, o Centro cada vez mais se especializa na área da energia limpa.

Agora, está abrindo inscrições para os cursos “Instalador de Sistemas Fotovoltaicos” e “Curso Técnico em Sistemas de Energia Renovável”. Os cursos devem ser iniciados após o fechamento das turmas, de 30 alunos, e tem previsão para começar no próximo mês de setembro. Inscrições podem ser feitas clicando AQUI.

Os cursos

“Instalador de Sistemas Fotovoltaicos” será ministrado das 19h às 22h, de segunda a sexta, e das 8h às 17h, sábado e domingo, com uma carga horária de 160 horas, com investimento que pode ser quitado através de cartão, em quatro parcelas de R$400,00. Para a inscrição, o aluno deve apresentar certificado de qualificação na área de eletricidade ou afim e ter idade mínima de 18 anos.

Para se inscrever no “Curso Técnico em Sistemas de Energia Renovável”, o interessado deve ter a escolaridade mínima do 2º ano do ensino médio, O curso terá carga horária de 140 horas e será ministrado das 7h30 às 11h30, de segunda a sexta. O investimento é de 24 parcelas de R$ 290,00, através do cartão de crédito.

Através de sua página, o Neurocientista brasileiro, Miguel Nicolelis, postou três imagens aéreas do Campus do Cérebro de Macaíba. A grande obra sediará  a Escola Lygia Maria e ao fundo a nova sede do Instituto Internacional de Neurociências Lily e Edmond Safra. Em um comentário um internauta questiona o Miguel Nicolelis sobre o atraso da obra, o neurocientista responde, afirmando que a obra é de responsabilidade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Ministério da Educação.

 

printi miguel

Campus Caicó instala equipamento de geração de energia elétrica a partir de luz solar.

Concluiu-se nessa quinta-feira (30) a instalação das células fotovoltaicas de silício que serão responsáveis pela geração de energia elétrica a partir da luz solar no campus Caicó.

A ação faz parte de um trabalho conjunto de todo o IFRN e tem como objetivo a geração de energia limpa e renovável noscampi, tendo em vista o potencial regional abundante para esse tipo energia. Com isso haverá, além de redução dos níveis de CO2, economia e redução substanciais no consumo da energia elétrica proveniente da matriz hídrica.

O complexo de geração começará a funcionar nas próximas semanas.

meio ambiente

Reprodução

Hoje, dia 5 de junho, comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. Mas, mais importante do que a comemoração, é a reflexão do que esta data significa e a avaliação da situação do meio ambiente no Brasil e no mundo e das políticas públicas para promover a sustentabilidade em todas as suas dimensões.

Para André Lima, advogado ambientalista e secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, o principal ponto desta questão é a criação de um modelo de crescimento econômico que seja sustentável. Para ele, a principal razão do agravamento do cenário no que diz respeito às políticas socioambientais está no fato de o tema não ter encontrado no último governo um porta voz de peso para a defesa desta agenda.

“Nós ainda estamos carentes de um projeto consistente de desenvolvimento econômico para o país que promova emprego e renda com atividades sustentáveis. E esse novo governo é ainda preso a essa cultura ultrapassada, cujas bandeiras não dialogam com essa visão de um país moderno e uma nova economia”, avalia.

Segundo André, nos últimos 20 anos, a questão do Meio Ambiente no Brasil teve muitos avanços do ponto de vista legal e normativo e nas políticas de gestão ambiental. Entretanto, nos últimos cinco anos todas essas conquistas vêm perdendo força e têm sido sistematicamente relativizadas. “Isso tem acontecido, sobretudo, por uma falta de interesse político em fazer com que a agenda ambiental se consolide”, diz André.

“Peguemos como exemplo o Plano de Combate ao Desmatamento da Amazônia. Tivemos grandes avanços até 2008. Mas desde então o projeto vem perdendo força. Isso acontece por conta de uma série de flexibilizações que temos deixado acontecer, como a aprovação do Código Florestal, por exemplo”, e a tentativa de acabar com a exigência dos estudos de impacto ambiental, como a PEC 65, que tramita no senado”, explica

Mas como colocar em prática esse novo modelo de desenvolvimento que tenha como foco a sustentabilidade? Para André Lima, esse é um processo que deve acontecer em paralelo à depuração política. “Como temos hoje um sistema arcaico e altamente contaminado por interesses meramente econômicos, a agenda ambiental continua ficando de lado. Basta ver casos emblemáticos como Samarco e Belo Monte”, diz.

“E a REDE, e toda a sociedade, tem o desafio de, por um lado, trabalhar os temas de governança, mais transparência, mais controle social e mais moralidade. E, por outro, trazer o debate do futuro da nossa economia”. “Temos que estabelecer uma nova economia voltada para o futuro, voltada para a sustentabilidade. Ainda hoje, quando olhamos para os incentivos tributários, vemos que os setores beneficiados não têm preocupação com a questão ambiental. E isso precisa mudar”, diz.

O governador Robinson Faria deu início à construção do Complexo Eólico Cutia, na manhã desta última segunda-feira (16), no município de Pedra Grande. Viabilizado através de parceria entre o Governo do Rio Grande do Norte, o Governo do Paraná e a Companhia Paranaense de Energia (Copel), o novo empreendimento eólico representa um investimento de R$ 1,6 bilhão.

Ao lado do governador do Paraná, Beto Richa, e de membros da direção da Copel, Robinson Faria esteve no evento realizado no parque eólico Esperança do Nordeste, instalado na localidade de Juremal, na região de Pedra Grande, e também visitou outros parques na região após a solenidade. Ainda no início da manhã, Beto Richa foi recebido chefe do Executivo Estadual na sede da Governadoria, no Centro Administrativo.

Durante o evento, Robinson Faria destacou que o Estado tem unido esforços para oferecer condições para que empresas se instalem e invistam no Rio Grande do Norte. “Através do Idema, emitimos aproximadamente 150 licenças prévias para instalação de parques eólicos, somente em 2015. Hoje, também oferecemos um ambiente de segurança jurídica que permite aos empresários conduzir seus negócios com mais tranquilidade”, disse ele.

Min. da Integração Nacional

Com 86,3% das obras concluídas, a transposição do rio São Francisco tem 477 quilômetros de nos seus dois eixos (Leste e Norte). O mais importante, além do fato de gerar trabalho para os moradores da região, é garantir acesso à água para 12 milhões de pessoa,s sem prejudicar a vazão do rio. Nada menos do que 390 municípios serão beneficiados nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.

A grandiosidade da obra, que a presidenta Dilma Rousseff visita nesta sexta-feira (6) para conhecer a Estação de Bombeamento EBI-2 do Eixo Norte, abrange 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios e nove subestações de 230 quilowatts, além de 270 quilômetros de linhas de transmissão de alta tensão. Haverá ainda quatro túneis. Com 15 quilômetros de extensão, o ‘Cuncas 1′ é o maior túnel para transportar água da América Latina.

Além do consumo humano, indústrias, empreendimentos agrícolas e a indústria do turismo se beneficiarão da obra. A vazão do Rio São Francisco, fundamental para a vida dos que vivem às suas margens, não será prejudicada. Cálculos dos engenheiros demonstram que, a cada litro de água despejado no mar pelo ‘Velho Chico’ por segundo, serão desviadas “duas colheres de sopa”, mesmo em períodos de seca extrema.

A transposição do São Francisco emprega 10.346 pessoas, utilizando 3.909 equipamentos. Serão beneficiadas 294 comunidades rurais e a previsão de conclusão é para dezembro deste ano

Fonte: Blog do Planalto

almir

Garantir a aprovação e implantação do Estatuto dos Povos Indígenas está entre os principais desafios dos índios brasileiros, na avaliação do porta-voz estadual da REDE-RO, o líder indígena Almir Narayamoga Suruí. Na sua avaliação, esse estatuto trará avanços `s populações indígenas, pois definirá critérios para que elas possam gerar melhores condições de vida nas áreas demarcadas, com a geração de renda de forma sustentável e sem agredir o meio ambiente. Além disso, também reconhecerá parâmetros que não deixarão dúvidas sobre a destinação desses territórios, o que pode reduzir os conflitos com invasores.

Conhecido por seu ativismo nas causas indígenas, Almir também é o líder máximo do povo Paiter Suruí devido à sua atuação frequente na luta pela etnia. Para ele, a comunidade indígena também tem outros desafios a serem vencidos, como conquistar uma presença maior nos debates das políticas públicas para os índios como também lutar pela demarcação mais ágil das terras indígenas.

Na data em que é comemorado o Dia do Índio, Almir faz uma avaliação da situação dos povos nativos hoje no Brasil, que reúne 896 mil pessoas distribuídas em 305 etnias, segundo o último censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010. Em entrevista, ele considera a participação dos índios na política partidária essencial para conquistar benfeitorias à causa indígena. Confira:

Como está a situação atual dos povos indígenas?
Almir Narayamoga Suruí: Os povos indígenas do Brasil ainda têm muitos desafios a enfrentar como forma de buscar melhores condições e também garantir os poucos direitos já conquistados. Muitos de nós já vivemos em territórios demarcados, mas mesmo assim ainda enfrentamos diversas situações, como conviver com os inúmeros conflitos pela terra. Afinal, algumas terras indígenas contam com invasões de madeireiros e de garimpeiros. Por falta de uma ação mais efetiva do governo, esses confrontos ficam sem uma solução. Precisamos buscar mecanismos para debater esses problemas e aumentar a participação dos índios nas discussões das políticas públicas para o nosso povo, pois nossa presença nisso é muito baixa.

Então isso significa que os povos indígenas ainda têm muitos desafios adiante?
Almir: Com certeza. Muitos que precisamos enfrentar e nos posicionarmos para conquistar direitos e critérios que garantam os nossos costumes e nossa cultura viva.

Você apontaria quais seriam esses desafios que devem ser enfrentados pelos povos indígenas?
Almir: São vários que já deveriam estar em fase mais adiantada de debates ou até mesmo implementadas. Um dos principais é a nossa luta pela aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas, que está em tramitação no Congresso Nacional. O projeto nesse sentido está há muitos anos no Legislativo, mas até agora continua parado. Até a última vez que eu soube da proposta, a mesma estava pronta para votação. Trata-se de um mecanismo muito importante para criar novos critérios para que os povos indígenas possam viver de acordo com os seus costumes nas suas terras demarcadas. Além disso, vai estabelecer parâmetros que possam impedir as invasões de colonos, de madeireiros e de garimpeiros que, em muitos casos, ameaçam o modo de vida dos indígenas e tiram a autonomia nos nossos próprios territórios.

De que forma o Estatuto dos Povos Indígenas conseguirá de fato garantir direitos aos indígenas?
Almir: Esse estatuto irá criar novos critérios tanto em relação às reservas demarcadas para os índios quanto à forma que nós poderemos viver e explorar de forma sustentável essas áreas, sempre de uma maneira a respeitar os costumes indígenas e, ao mesmo tempo, o meio ambiente. Um exemplo disso, o estatuto poderá estabelecer como os nossos povos poderão gerar renda econômica com a exploração dessas terras, com manejo múltiplo para atender às necessidades da comunidade. Atualmente, muitas comunidades indígenas encontram dificuldades de fazer uma gestão do território demarcado de acordo com a legislação vigente porque não existem parâmetros que atendam às necessidades dos índios. E hoje, as leis relacionadas aos índios em vigor estão muito defasadas, pois apenas reconhece o direito dos indígenas, no entanto, não proporciona parâmetros claros para garantir melhores condições.

Do ponto de vista dos conflitos, o Estatuto dos Povos Indígenas poderá trazer mais benefícios ou mesmo proporcionar uma proteção a mais aos índios?
Almir: Sim, pois vai de fato reconhecer os territórios indígenas demarcados pelo governo. Ao estabelecer parâmetros e critérios nesse sentido, não haverá dúvidas sobre a destinação dessas áreas, o que pode reduzir os conflitos com os invasores que, na maioria dos casos, são madeireiros e garimpeiros, que querem explorar essas terras sem levar em consideração a vida dos povos indígenas numa determinada região.

Fora o estatuto, existe algum outro desafio para a comunidade indígena?
Almir: Com certeza. Outro importante ponto que se torna um desafio para nossa comunidade é proporcionar uma forma de garantir uma participação maior dos índios nos debates de políticas públicas para essa comunidade. Precisamos que nossa presença cresça cada vez mais nessas discussões, sobretudo, nos órgãos governamentais. O grande problema é que esses setores ligados ao governo não abrem esse espaço para nós. Em muitos casos, a nossa participação é muito pequena quando não é totalmente ausente. Precisamos arrumar formas para conquistarmos uma participação entre 40% e 50% da composição dos integrantes com índios. Como o nosso espaço é muito pequeno nos debates, as nossas reivindicações dificilmente são atendidas.

Quanto à demarcação de terras indígenas, como você avalia o andamento disso por parte do governo?
Almir: Apesar de ser algo muito conhecido pela sociedade em geral, a demarcação de terras indígenas ainda pode ser considerado como um desafio a ser vencido porque a velocidade que isso acontece é muito lenta. É preciso que a comunidade indígena trabalhe junto aos órgãos governamentais para amplie essa velocidade. E o governo deve fazer uma reforma agrária com demarcação dos territórios indígenas. Afinal, esses conflitos ainda registrados em algumas áreas é fruto de uma reforma mal feita no passado.

Matéria na íntegra REDE Sustentabilidade

Robinson divulgação

O governador Robinson Faria destacou a posição de líder do Rio Grande do Norte na geração de energia eólica, durante a fala de abertura do Fórum Nacional Eólico e do Solarinvest 2016, ambos realizados na Escola de Governo Cardeal Dom Eugênio Sales, no Centro Administrativo, em Natal. Os eventos, iniciados ontem, 18, e termina hoje, 19, com o propósito de discutir os aspectos regulatórios, operacionais e de política setorial do segmento de energias renováveis.

“Temos hoje o maior número de megawatts instalados, o maior número de turbinas instaladas e as duas cidades com maior geração do Brasil: Parazinho e João Câmara. Com 120 parques eólicos em operação e outros 50 em produção, o RN é responsável pela geração de 2,6 gigawatts. Isso é mais de 30% de toda a geração deste tipo de energia no Brasil”, destacou Robinson Faria.

O chefe do Pode Executivo estadual ainda lembrou que a fonte eólica deve criar até 2019, um total de 35 mil novas vagas de emprego. Só em 2016, a estimativa é que sejam gerados 10 mil empregos, entre diretos e indiretos. Os avanços do segmento são, segundo Robinson, motivados também pelo cumprimento do papel do governo estadual, que não tem medido esforços para dar celeridade à instalação de novos empreendimentos.

Em cerimônia realizada na manhã desta última  quinta-feira (17) no auditório do DER, o governador Robinson Faria assinou, em conjunto com o diretor do departamento, General Fraxe, diretor do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), as ordens de serviço para conservação de 3 mil quilômetros de rodovia da malha viária estadual e construção de pontilhão de concreto armado sobre o rio Doce, na Redinha, zona Norte de Natal.

O governador Robinson destacou a necessidade que esse processo tinha para ser aprovado e revelou a satisfação em poder realizar um sonho seu e de diversos prefeitos de municípios que serão beneficiados: “Nosso governo herdou um grande problema que era a malha viária de todo estado, acabada e esburacada, com reclamação de todas as regiões. Depois de um ano de governo, após muita batalha para conseguir recursos, estamos agora dando a ordem de serviço para recuperação de 3 mil km de malha viária de nosso estado. Nossa meta é terminar o mandato com a malha totalmente recuperada. É um sonho do prefeito, da população, e sonho meu também”, discursou.

A cerimônia foi iniciada por volta das 11h00 e contou com a presença de autoridades locais, como o deputado estadual Dison Lisboa (PDT), além de sete empresários que assinaram as ordens de serviço juntamente com o governador e o general Ernesto Fraxe, diretor do Departamento de Estradas de Rodagens (DER). Este último fez uma prévia cobrança às empresas: “Avisamos desde já que se o projeto não sair como foi planejado, não haverá pagamento”, concluiu, sob aplausos dos presentes.

As obras de conservações privilegiarão vários municípios do Estado, como Touros, São José de Mipibu, Rui Barbosa e Barcelona. De acordo com o General Fraxe, em 2016 serão realizadas a reestruturação de 424 km de rodovias com um gasto de R$ 280 milhões, justificados por ele: “Este dinheiro vem uma parte da CIDE (Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico) e outra parte de um projeto Banco Mundial através do RN Sustentável. O projeto teve alta aderência e já estamos iniciando neste ano”, declarou.

Agora RN