O estudante do curso de graduação em Engenharia Agronômica da EAJ, Lucas Palhares, desenvolveu o protótipo robótico EAJet 1.0. Orientado pelo professor Gerbson Mendonça, o projeto foi realizado como trabalho de conclusão de curso, e busca auxiliar e facilitar o trabalho de produtores rurais.
O EAJet 1.0 tem como intuito substituir o pulverizador agrícola costal e distanciar o trabalhador dos pesticidas durante o trabalho de pulverização, realizando aplicações de inseticidas, fungicidas, herbicidas ou fertilizantes foliares. Com este robô, o trabalhador não precisa levar o pulverizador nas costas, além de manter distância dos produtos pulverizados. O trabalho continua igualmente eficiente e torna-se menos cansativo e insalubre para o produtor.
“A minha ideia surgiu a partir da metade do curso. No início, eu queria trabalhar com tecnologia voltada para hidroponia, onde até fiz alguns aplicativos, mas durante a pandemia acabou não dando certo. Quando retornamos, tive a ideia de fazer o protótipo. É um pulverizador robótico que substitui o pulverizador costal/manual. A gente sabe que é um trabalho pesado e que pode colocar o trabalhador em risco, pois manusear elementos químicos é complexo, e o pulverizador robótico vem para auxiliar”, explica o estudante Lucas.
O projeto começou desde o ano passado com rabiscos no papel, depois passou por uma modelagem em 3D para observar como funcionaria, mas o desenvolvimento foi intensificado no segundo semestre deste ano. “Comecei a colocar em prática o que eu tinha planejado. Primeiro fiz a parte de programação, juntamente com cérebro do projeto, que é o arduino, para poder controlar os sensores, módulos e motores. Depois veio a parte física: fiz a estrutura em metalon, os cortes, os enquadramentos e a soldagem”, comenta sobre as etapas do trabalho.
O protótipo tem seis pontas de pulverização que podem ser utilizadas em diversas combinações, sendo conduzido de forma remota, contando ainda com um aplicativo para smartphones, onde é possível ligar e desligar o robô e acompanhar as informações de temperatura e umidade do ar coletadas pelos sensores, além do acionamento do agitador de calda. O microcontrolador Arduino é o cérebro do protótipo, o qual a função consiste em controlar todos os sensores e módulos através da programação realizada e inserida na placa.
“Esse projeto traz uma importância grandiosa para pequenos e médios produtores, porque tecnologia de ponta existe, mas para os grandes produtores. Os pequenos e médios produtores ficam desassistidos, então que tal a gente oferecer tecnologia para que eles possam ter maior qualidade e precisão em campo?! O EAJet 1.0 vem com esse intuito”, fala o discente. E a perspectiva é desenvolver ainda mais o trabalho. “Produzir algo em grande escala e melhorar bastante ele [o protótipo] colocando uma tecnologia de GPS para deixá-lo ainda mais autônomo, onde só precise traçar os pontos e ele realizar a pulverização de forma autônoma”, finaliza.
Comunicação EAJ