Arquivo diário: domingo, outubro 29, 2023

Foto: Assecom

Mais de 120 anos após se tornar o primeiro mártir da Aeronáutica brasileira, os restos mortais de Augusto Severo retornaram à Macaíba nesta quinta-feira (26), véspera de aniversário de 146 anos da cidade. Esse grande momento foi acompanhado de perto por representantes da Força Aérea, familiares do aeronauta, políticos, jornalistas e diversos entusiastas da história de Severo.

O cortejo saindo do Instituto Histórico e Geográfico do RN até Macaíba foi acompanhado pelo prefeito Emílio Jr, pelo secretário municipal de Cultura, Sérgio Nascimento, e pelo secretário municipal de Segurança Pública, Rondinelli Dantas. Ao chegar em Macaíba, o cortejo visitou pontos em homenagem e que fizeram parte da história de Severo, como o monumento Augusto Severo e o local onde foi a sua residência.

Ao chegar ao Solar Ferreiro Torto, local onde ficará à exposição, a urna com os restos mortais de Augusto Severo foi recebida pela Banda da Aeronáutica e pelo grupo de escoteiros Augusto Severo. No local também se encontra o mausoléu original, transportado do Rio de Janeiro à Macaíba.

Com informações da Assecom

 

Nesta última quinta-feira, 26 de outubro, aconteceu a 5ª edição do EggDay. O evento foi realizado pelo Núcleo de Pesquisa em Avicultura (Nupavi) da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ/UFRN). O objetivo foi discutir a produção e o consumo de ovos, as novas tecnologias de manejo, nutrição, sanidade na produção de ovos, bem como os mitos e as verdades sobre o consumo do alimento, que é nutricionalmente completo e com potencial para combater deficiências nutricionais comuns.

A mesa de honra de abertura do evento contou com a presença do diretor da EAJ/UFRN, Max Lacerda; do diretor adjunto da EAJ/UFRN, Márcio Dias; do diretor da Holanda Avicultura, Renato Holanda; da coordenadora do Nupavi, Janete Gouveia; e do coordenador do curso de Zootecnia, Luis Henrique Borba.

Max Lacerda destacou a importância do Setor de Avicultura para a escola e comentou sobre a realização do evento. “O EggDay celebra um setor que traz espaço na pesquisa em várias frentes: os quintais fortificados, aves de costura, processamento de ovos, criação e empreendedorismo.

Márcio Dias falou da contribuição do setor para a alimentação e a nutrição dos estudantes, que realiza a distribuição de ovos para o restaurante universitário do campus Macaíba e do Campus Central da UFRN. “O mercado do ovo é um mercado financeiro em potencial. É um alimento sustentável e, muitas vezes, determinante na alimentação, sobretudo entre a população mais vulnerável”, afirmou.

A palestra Manejo da cria e recria para uma boa produção de ovos, ministrada por Elainy Lopes, da EPE Produtos Agropecuários, deu início à programação do evento. Na ocasião, foram falados sobre os tipos de comportamento das aves, alimentação e demais fatores que contribuem para uma produção de excelência.

A segunda palestra do evento, Qualidade dos ovos: do campo à mesa, foi realizada pelo professor da UFRN Romilton Barros. O objetivo foi debater acerca do armazenamento dos ovos, cor da casca e outros fatores que influenciam na qualidade deste alimento.

O EggDay realizou, ainda, a roda de conversa Mulheres na avicultura: desafios e oportunidades. A programação finalizou com duas oficinas no Laboratório de Gastronomia da EAJ. A professora do curso técnico em Gastronomia da EAJ/UFRN Amanda Vogas ministrou a oficina O rei da versatilidade: o ovo. Entre as receitas feitas estavam:  Bolo Souza Leão, Tortilla Espanhola e Ovos Benedict, este último é muito tradicional entre os estadunidenses. Já na oficina Ovo e cozinha de boteco, feita pelo chef e, também, professor do curso técnico de Gastronomia da EAJ/UFRN Marcos Carlos, foi realizada a receita do Bolovo.

Padre Fábio de Melo revela trauma: “O álcool destruiu a minha casa” |  Metrópoles

Foto: TV Globo

O Padre Fábio de Melo vai lançar na próxima segunda-feira (30), o livro “A vida é cruel, Ana Maria: Diálogos imaginários com minha mãe”, relatando pontífice detalhes da sua vida pessoal.

Durante sua participação no programa “Conversa com Bial”, o Padre revelou um pouco sobre o que o livro abordará, como as dificuldades enfrentadas ao longo da vida, por exemplo, e a pior delas, sem dúvidas, foi a morte de sua mãe, Ana Maria. “Depois que morre a minha mãe, morre também a minha obrigação de ser feliz”. Fábio revela que essa confissão foi como um grito de libertação.

“Sempre que pensava na morte da minha mãe eu sabia que seria o pior dia da minha vida. Então eu vivi de fato o pior dia da minha vida. E quando eu vivi a experiência definitiva daquela finitude com ela, da minha relação com ela, vivi uma libertação também. Eu agora posso morrer. Vi minha mãe sepultar duas filhas, vi minha mãe visitar durante quatro anos um filho preso e eu sabia o quanto ela vivia o sofrimento de todos nós. Quando ela morreu foi a primeira coisa que pensei: ‘pronto, agora se eu não quiser ser feliz eu não preciso mais’. Claro, não é a minha opção, mas é, de fato, uma realidade que se apresentou pra mim”, relatou.

“A traição do meu pai eu que descobri. Eu era um menino. Devia ter uns 6, 7 anos. Foi horrível, eu estava com ele. Ele, acreditando na minha inocência, que não estava identificando o que estava acontecendo. Não sei se ainda existe, mas tinha um chocolate naquela época que só os meninos ricos comiam. E eu comia toda vez que meu pai traía a minha mãe”, contou.

Ainda na conversa, o Padre lembrou dos problemas com bebida que a família teve que enfrentar.

“E meu pai foi um homem que teve uma fragilidade enorme que abriu portas para as outras que foi o álcool. O meu pai alcoolizado era um homem completamente diferente do homem sóbrio que nós tínhamos no dia a dia. Meu pai era um homem lindo, íntegro, de nobreza de alma. Só que quando ele bebia… É uma coisa que insisto muito como padre nas minhas pregações. O álcool destruiu a minha casa, continua destruindo pois ainda é um problema na vida de alguns irmãos. É genético, não tenho dúvida disso. Se eu me concedesse o direito de beber de vez em quando eu tenho medo de me transformar no meu pai”, disse.

Portal Ponta Negra News

 

Em diversos bairros, avenidas importantes do comércio e até no cemitério público de Macaíba, está faltando água. De acordo com os relatos que estamos recebendo, o problema do desabastecimento vem atingindo uma grande área da zona urbana da cidade. A água que normalmente chega de três em três dias, tem demorado até 15 dias. No centro da cidade, vamos citar o exemplo da avenida Mônica Dantas, onde comerciantes relatam que a água não chega há 5 dias.

A falta de regularidade no abastecimento afeta diretamente o funcionamento do comércio e dos serviços no centro da cidade. Nos bairros, as donas de casa reclamam da mesma situação, não tem água para fazer o básico, que é tomar banho, lavar uma louça e para fazer a comida, uma vizinha tem que pedir a outra que tem um armazenamento maior.

Esperamos que a Companhia de Água e Esgotos do Estado resolva este problema, pois a água não está chegando na mesma velocidade que a  fatura chega.

Foto: Magnus Nascimento

Era 28 de agosto de 2020 quando duas irmãs, uma tia e uma amiga deixaram Mossoró rumo à Natal para um passeio em família. O que era para ser um passeio tornou-se uma tragédia: o carro em que a família vinha se envolveu num acidente com outro veículo, na cidade de Santa Maria, resultando na morte das quatro jovens. O condutor ficou gravemente ferido e chegou a sobreviver. Esse foi apenas um dos 1.624 acidentes registrados na BR-304, uma das principais estradas federais que cortam o Rio Grande do Norte, e que há anos aguarda um projeto de duplicação. Foram 134 mortes em cinco anos. A BR-304 no RN tem média de um acidente por dia e uma morte a cada duas semanas.

As jovens eram da família da dona de casa Eva Cristina de Almeida Medeiros, de 45 anos. Ela mora na comunidade Maísa, pertencente a Mossoró. Ela lembra que as duas filhas e sua irmã, Evelyn Raiane Medeiros, Maria Izabel, e Izabel Medeiros, acompanhadas da amiga, Rayanne Silva, estavam empolgadas com o passeio e comenta que precisou se apegar à fé para superar a dor da perda.

“Tenho tido muita força de Deus. Agora em agosto completou-se três anos. Um período muito difícil sem elas aqui em casa. Éramos uma família muito unida. É difícil, mas como eu disse: Deus tem me sustentado”, explica. “É um pouco doloroso falar disso, mas não é difícil. Adoro lembrar das minhas filhas, das boas recordações delas”, disse.

Uma das filhas tinha 20 anos e havia sido contratada recentemente para trabalhar numa empresa agrícola na área administrativa. A outra filha, com apenas 15 anos, também tinha sonhos e já dava os primeiros passos no mercado de trabalho como jovem aprendiz.

“Faz muito tempo que a gente ouve falar dessa obra. Não foram só a vida das minhas filhas que foram destruídas, foram sonhos também. O que a gente pode pedir é alertar as autoridades sobre a duplicação dessa rodovia. Entra e sai político, fazem as promessas e não cumprem”, comenta.

A dor da perda de um parente se estende a outras famílias potiguares. É o caso do perito criminal Clelio Soares, 37 anos, que perdeu seu filho, Gabriel, de 6 anos durante uma viagem de Natal à Mossoró.

“Meu ativismo pela duplicação começou infelizmente após uma tragédia, depois de muita dor. Gabriel tinha 6 anos no acidente. O motorista fez uma ultrapassagem num trecho proibido, colidindo com meu carro de frente. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu horas depois no hospital de Angicos”, disse.

A dor do luto se transformou em luta, segundo Clelio. Atualmente, ele e sua esposa, Aniely Soares, 34, são dois dos principais ativistas que cobram a duplicação da BR-304. Juntos, eles administram o perfil do Instagram “Luto na BR-304”, com o intuito de conscientizar a sociedade e a classe política para priorizar o projeto para ampliação da rodovia.

“Iniciei essa campanha após perceber que muitas pessoas haviam perdido parentes em acidentes na BR-304. Criamos esse perfil, em que as pessoas já reconhecem, mandam informações e se juntam à luta. Eu entendo que essa obra ainda não ter saído do papel é falta de força política, isso de todos os lados, porque uma obra como essa ela vai trazer muitos benefícios, como segurança viária, desenvolvimento regional, turismo, escoamento de produção, economia. Minha preocupação são as vidas, porque quando alguém morre não dá para trazer de volta”, lembra.

“Estamos vendo que depois desse trabalho nas redes sociais, mostrando na mídia a importância da duplicação, as coisas começaram a andar. Há três anos sequer tínhamos perspectivas de que isso fosse acontecer. E de um ano para cá foi colocado a produção do projeto com rubrica própria do Dnit e agora está se buscando o dinheiro para pagar a obra”, complementa Clélio Soares.

Casos
Uma rápida pesquisa na internet e é possível encontrar inúmeros casos de pessoas que sofreram acidentes, alguns deles fatais. Dados da PRF mostram que a BR-304 tem média de quase um acidente por dia e uma morte a cada duas semanas. O cálculo foi feito pela da TRIBUNA DO NORTE a partir de dados enviados à pedido do jornal pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), tabulados entre 2018 e 30 de setembro de 2023. Em cinco anos e meio, foram 1.624 acidentes e 134 mortes. Os dados mostram os perigos da via para acidentes, tornando ainda mais urgente e sensível a obra da duplicação da rodovia, aguardada há anos pelos potiguares.

Segundo os dados da PRF, entre 2018 e 2022, a média de acidentes é de 292,8 por ano. Já no tocante a óbitos, a média chega a 24,2 mortes por ano por acidentes causados na rodovia. Um desses casos recentes aconteceu em setembro deste ano. Um ônibus intermunicipal bateu de frente com uma carreta já na chegada para a BR-304, na Grande Natal, no trecho da Reta Tabajara. Neste local, foram 108 acidentes e 7 mortes entre 2018 e até setembro de 2023.

Duplicação não tem recursos garantidos no PAC

Na semana passada, o ministro dos Transportes, Renan Filho, esteve em Natal para o lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3), e disse que disse que a obra da BR-304 será dividida em quatro lotes, em que dois destes estariam garantidos no PAC. Segundo o ministro Renan Filho, os dois lotes garantidos no PAC referem-se ao da saída de Natal até Lajes e outro da chegada à Mossoró. Os trechos do meio ainda não têm recursos garantidos.

No entanto, o ministério dos Transportes enviou nota à TRIBUNA DO NORTE onde afirma que apenas a elaboração de estudos sobre a obra têm recursos garantidos, já que o custo de cada lote e que as previsões orçamentárias só serão conhecidos após a elaboração do projeto.

“Em agosto deste ano, o Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), contratou a execução do projeto para duplicação dos quase 300 quilômetros de rodovia, entre Macaíba, no entroncamento com a BR-226/RN, e a divisa com o Ceará. A elaboração dos estudos está prevista no Novo PAC. Após a finalização do documento, será possível estimar o custo de cada lote e, na sequência, fazer a devida previsão orçamentária”, diz nota do Ministério dos Transportes.

A informação repassada pelo Ministério diverge do que vem sendo anunciado sobre a duplicação. A duplicação fez parte do rol de ações anunciadas quando do lançamento nacional do PAC 3. O Governo do Estado também afirma que a obra estaria orçada em R$ 3 bilhões.

Construída na década de 1960, a BR-304 tem 391 quilômetros de extensão, de Natal/RN a Beberibe/CE. Dos 289 km em território potiguar, só o trecho entre Parnamirim e Macaíba está duplicado. Outro trecho, de Macaíba ao entroncamento com a BR-226, encontra-se em fase final de duplicação, totalizando 37 quilômetros. A BR-304 é o principal eixo rodoviário do Estado, responsável pela conexão com as principais rodovias estaduais e as demais federais, permitindo acesso às mesorregiões Agreste, Oeste e Central.

Para Alexandre Pereira, engenheiro civil e professor do IFRN, é urgente realizar a duplicação da BR-304, tendo em vista o alto número de acidentes. “A perda de vidas e as elevadas estatísticas de acidentes graves consiste no mais dramático efeito negativo de se protelar investimentos na adequação de capacidade e eliminação de pontos críticos nas rodovias. Com a adequação de capacidade e duplicação da rodovia os níveis de serviço e melhoria na condição de segurança viária certamente conduzirão à redução nos índices de acidentes na BR-304/RN desde que, evidentemente, o usuário da via duplicada respeite os limites de velocidade definidos no projeto de engenharia e conduza de forma responsável e com atenção para com a sinalização, notadamente nos trechos de travessia urbana, que são vários na rodovia, tais como as cidades de Santa Cruz, Riachuelo, Lajes e Assu, dentre outras”, diz.

Ícaro carvalho/Tribuna do Norte