“Não bastasse o foro privilegiado, agora foi instituído o auto-indulto privilegiado”, critica Marina

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A porta-voz nacional da REDE, Marina Silva, comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de dar para o Senado a última palavra sobre o afastamento de parlamentares envolvidos em corrupção.

“O Supremo Tribunal Federal cede novamente às ameaças do Senado e condiciona medidas cautelares contra parlamentares à autorização deles mesmos. Não bastasse o foro privilegiado, agora foi instituído o auto-indulto privilegiado.

O sistema político está se fechando para se proteger das denúncias da Lava Jato e se isola cada vez mais da sociedade. A primeira denúncia contra o presidente Michel Temer foi arquivada pela Câmara e a segunda está ganhando o mesmo destino. A Comissão de Ética do Senado arquivou a denúncia apresentada pela REDE Sustentabilidade pedindo o afastamento do senador Aécio Neves. Essa decisão do Supremo cria a figura do auto-indulto, em que as provas nunca são suficientes para condenar os membros do Clã político, mesmo que sejam fartas, consistentes e até mesmo constrangedoras.

Os empresários e operadores financeiros investigados e condenados estão devidamente presos, mas os políticos que participaram desse assalto aos cofres públicos estão soltos e agora terão o direito ao auto-indulto. Temos uma situação esdrúxula, em que, corretamente, se pune os corruptores, mas não há punição para os corruptos.”

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